Berçário Final



 RELATÓRIO COLETIVO

TURMA: Berçário Final

SALA: 01

PROFESSORA DA MANHÃ: Gardene M. do Nascimento

PROFESSORA DA TARDE: Jania Paixão Francisco

AUXILIARES EM EDUCAÇÃO: Leni M.Moulaz da Silva, Nazaré Ruy






Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.

Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o voo.

Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em voo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o voo já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.
”.
Rubem Alves

Senhores Pais ou Responsáveis:


Este relatório tem a finalidade de discorrer sobre o período de adaptação, as aprendizagens, os interesses das crianças e os projetosque serão desenvolvidos ao longo do ano.

Equipe da EMEB “RUBEM ALVES”
RELATÓRIO COLETIVO
A turma do berçário atualmente é formada por nove crianças, sendo cinco meninos e quatro meninas com idade entre onze meses a um ano e quatro meses.
Oito crianças estão frequentando pela primeira vez a escola e uma estava na rede privada.
No geral tivemos um período de adaptação tranquilo, com choros alternados, o que é muito comum na adaptação. Tentamos respeitar cada criança em sua individualidade, considerando que é um momento especial e delicado, nossa intenção foi respeitar os diferentes ritmos das crianças, oferecendo acolhimento e tentando fazer com que elas se sentissem seguras e tranquilas nesta nova etapa de suas vidas.
Neste sentido, a presença dos pais no dia do acolhimento foi essencial, diminuindo o desconforto e proporcionando uma adaptação mais tranquila, contudo, para que pudéssemos conhecer melhor cada criança e atender melhor às suas necessidades, decidimos dividir as crianças em dois grupos. Nosso principal objetivo neste período foi construir um vínculo afetivo, pois é na construção desta relação com os adultos que as crianças terão segurança e confiança, o que refletirá positivamente em diversas situações durante todo o ano. Gradualmente nós, educadoras e as auxiliares, conseguimos envolver e conquistar as crianças através das brincadeiras, dos brinquedos, da atenção e do carinho dispensado a cada uma delas.
No decorrer desse período tentamos seguir nossa rotina incentivando as brincadeiras no chão, oferecendo nosso corpo como apoio e aconchego, para que as crianças se sentissem mais seguras e aos poucos assumir outras posições e não só a do colo. Outra forma de deixar as crianças cada vez mais tranquilas foi conhecer e entender seus costumes, seus medos, o que gostam ou não, os horários de sono, a alimentação, suas brincadeiras preferidas, objetos de apego, etc. Partindo de todas estas observações e constatações é que pudemos elaborar o planejamento das atividades para a turma do berçário. Outro fator relevante foi a organização do espaço da sala, tivemos uma preocupação e um cuidado especial com isto, preparando uma decoração alegre com móbiles, brinquedos mais apropriados, disposição com cantos com bichos de pelúcia, painel sensorial, móbiles de animais, tudo pensando que as crianças fossem acolhidas da melhor maneira possível.
Atualmente tudo esta se tornando familiar e nossos dias estão cada vez mais harmoniosos, tranquilos e alegres, não somos mais “estranhas” como no início do ano. E a partir daí nossa rotina foi se estruturando e trazendo organização ao trabalho com os bebês em todos os momentos: alimentação, higiene, repouso, brincadeiras, passeios pelos espaços da escola (integração), entre outros. Para as crianças, a rotina também é importante porque vão adquirindo noção vivencial do tempo que passam na escola.
Lembrando que uma das crianças ingressou no mês de março ao grupo, também passou por um período de adaptação, no qual ocorreu de uma forma natural e atualmente está bem tranquilo, inserido ao grupo.
Alguns períodos da nossa rotina:
Em relação ao sono das crianças, no início era bem curtinho, necessitando assim de dormirem em alguns momentos do dia. Atualmente já estão descansando mais, o repouso se inicia por volta de 11hs30. e dura cerca de duas horas, dependendo de cada criança.
  A alimentação acontece no lactário, onde são servidas em grupos menores, assim as crianças conseguem adquirir maior autonomia em menos tempo, respeitando as crianças para que estes momentos sejam de prazer, pois ficamos mais disponíveis para incentivar, orientar e observar o que gostam ou não. Atualmente são oferecidas papa pastosa, no geral elas se alimentam bem, existem algumas especificidades que são tratadas individualmente. No semestre seguinte, o objetivo é que as crianças, pouco a pouco, utilizem o refeitório, no andar de cima, juntamente com as demais crianças e usando o talher para se alimentarem com mais autonomia. Cada momento será um desafio para cada um.
INDICATIVO DO TRABALHO COM O BERÇÁRIO, OBJETIVOS INICIAIS E ATIVIDADES

A exploração é uma atividade muito intensa na vida das crianças nesta fase, é através dela que descobrem e experimentam muitas coisas. A partir desta constatação, procuramos incentivá-las cada vez mais em novas descobertas, e por isso oferecemos vários materiais para essa exploração. Utilizamos os brinquedos de encaixe, de empilhar, sonoros, chocalhos, bichinhos de pelúcia, bolas, sucatas (brinquedos não estruturados), livros de tecidos e outros, as crianças brincam e exploram todo o ambiente e principalmente os brinquedos. Nesta faixa etária as crianças ainda brincam mais sozinhas, voltadas para si mesmas, mas nos preocupamos em reunir o grupo e brincar junto com as crianças.
Desenvolver a comunicação é outro aspecto importante do nosso trabalho. Sabemos que nesta idade as crianças ainda não falam, isto é, utilizam-se de gestos, choros, expressões e articulações de algumas silabas para se comunicarem, traduzindo momentos de conforto, felicidade ou inquietações. Somos sempre os mediadores nesta interlocução com os pequenos, procuramos pronunciar palavras corretamente, falar com eles, dar nome as coisas e objetos, assim como as atividades permanentes de rodas de histórias e músicas.
Após observar os bebês no primeiro mês letivo, percebemos o interesse que têm por músicas, barulhos e sons. Procuram na sala objetos que produzem sons para brincar e explorar, a partir do interesse das crianças estamos elaborando e iniciando o projeto de música. A música é uma atividade muito importante, com o objetivo de conhecer as cantigas tradicionais infantis, e trabalhar ritmo e som, as crianças também ganham na oralidade e na conscientização do próprio corpo.

A construção da identidade da criança, o reconhecimento de si e do outro. Todas as atividades que envolvem o vínculo são importantes e propiciam a diferenciação entre o eu e o outro (alimentação, higiene, repouso, etc.) e por isso são momentos que devem ser valorizados para que haja interação. Temos investido em canções com os nomes das crianças, brincadeiras no espelho, fotos, etc. Logo teremos um painel com as fotos das crianças e de seus familiares.  A socialização com outras turmas, possibilitando interação das crianças com diferentes pessoas (adultos e crianças).
Considerando o aspecto do corpo e movimento, a criança precisa ser desafiada, neste sentido temos investido em atividades com o objetivo de explorar as possibilidades de movimento, aprimorando a marcha, equilíbrio e muito mais. Temos incentivando em diferentes espaços da creche, o engatinhar e para aqueles que andam, subir e descer rampas, escorregador,  e com o passar do tempo, circuitos motores que trabalham os movimentos de engatinhar,  andar e correr, pular, possibilitando assim um amadurecimento dos músculos e também um desenvolvimento do equilíbrio e coordenação motora.
Observamos a presença significante da fase oral nas crianças, levam tudo que pegam até a boca, pois ela é um importante canal de exploração do mundo, pensando nisso, nas atividades permanentes de artes utilizaremos, quase sempre, materiais caseiros, alimentos (frutas, legumes), corantes, farináceos, assim com as “melecas”, as crianças ficam à vontade para explorarem através do seu corpo, usando mãos e pés como forma de instrumentos para a produção e exploração.
Outra característica bem presente no grupo do berçário é o interesse por brincar com materiais não estruturados como caixas, colheres, etc. Para enriquecer essas experiências a proposta é trazer o cesto dos tesouros. O cesto é uma brincadeira exploratória para bebês que promove descobertas e autonomia.
Sentimos que o grupo está bem, as crianças estão se entrosando mais a cada dia e também que desde a entrada até hoje, elas se desenvolveram bastante e estão crescendo a cada dia. Procuramos incentivá-las, conhecê-las, cada vez mais, oferecendo diferentes desafios para o seu desenvolvimento.




AGOSTO

Texturas, Cores e Melecas: Tinta caseira com couve e cenoura


“Bebês usam todos os sentidos para ver o mundo! O corpo todo é uma grande antena voltada para o conhecimento: pegam objetos e os passam na pele, sentem as texturas e as temperaturas, levam-nos à boca, encostam no nariz e ouvem os ruídos com atenção.
"Provocados pelos materiais, os curiosos bebês sentem prazer e em explorar e expressar suas impressões (...)” PRÁTICAS COMENTADAS PARA INSPIRAR, pág. 92.







Em continuidade a seqüência de propostas com as melecas, trouxemos a couve e a cenoura batida com água e um pouco de farinha de trigo. Juntamente com a tinta, dispusemos os talos da couve e as folhas, para enriquecer a proposta e experiências das crianças.
O interesse foi imediato assim que chegaram ao nosso solário que estava todo preparado e pensado para esse momento.

Leticiah, assim que aproximou começou suas explorações pegou o talo da couve, colocou dentro dos pratos com a tinta, colocou as mãos, passou em seu corpo, jogou toda tinta do prato na mesa e misturou as tintas.


Davi ficou um bom tempo envolvido, brincou com os talos da couve, experimentou com a boca e corpo, quando colocou o dedinho pela primeira vez ficou um tempo observando e sentindo a textura em suas mãos.



Valentina preferiu usar o talo da couve para brincar com a tinta, ficou com receio de colocar as mãos.


Julia colocou as mãos sentindo a textura e também usou o talo para explorar as duas tintas.


Bento explorou de muitas formas, com as mãos e corpo, com o talo e folhas da couve, bateu na tinta, usou a mesa, o chão, o papel, e a parede de azulejo.




Pedro explorou com os dedos, mas ficou incomodado quanto à textura e preferiu mexer usando o talo da couve.







Lívia também preferiu usar o talo da couve como pincel, passava na tinta e no papel. 
Conforme as crianças demonstravam que não queriam mais participar da proposta foram saindo direto para um delicioso banho!!! 

















MAIO / 2019

Cesto dos tesouros: Experiência sensorial
Berçário Inicial
O cesto dos tesouros é uma brincadeira exploratória para bebês que promove descobertas e autonomia. Prática pedagógica que está pautada nos estudos de Elinor Goldschmied, pesquisadora inglesa, que temos como referência para esse trabalho com os bebês. 
As possibilidades que essa proposta pode proporcionar aos pequenos vêm ao encontro de nossos objetivos que são:
·         Provocar diferentes pesquisas;
·         Ampliar as possibilidades de escolha e a tomada de decisão;
·         Estimular e provocar sentidos;
·         Perceber como os objetos se comportam no espaço quando manipulados.

Os principais campos de experiências contemplados, de acordo com a Base Nacional Curricular Comum (BNCC) são: “O eu, o outro e o nós” e “corpo, gestos e movimentos”, Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações”.
A proposta com o cesto dos tesouros acontece uma vez por semana, os materiais são “não estruturados” e naturais, possibilitando o brincar e muitas pesquisas em relação a texturas, sensações, peso, consistência, tamanho, cores, sons, cheiros, etc.
Sumariamente, podemos dizer que um cesto, repleto de objetos escolhidos do cotidiano, que proporciona interação da criança com esses objetos ou entre elas, permite ao bebê protagonizar sua própria jornada de aprendizagem.” ( Livro: O brincar Heurístico na creche).
           
            Observem como acontece esse momento em nossa turma:










                      JUNHO / 2019

BRINCANDO E PINTANDO PARA CONHECER O MUNDO





         JUSTIFICATIVA:
Para as crianças pequenas principalmente os bebês, o corpo fala mais alto, por isso muitas vezes       a criança leva o material até sua boca ou espalha-o pelo seu corpo, portanto é fundamental     oferecer atividades nas quais elas possam usar suas mãos e pés como forma de instrumentos     para a produção e exploração de materiais com diferentes texturas.
As atividades com as melecas desenvolvem a percepção espacial, a coordenação motora,          a habilidade para solucionar problemas, a concentração e a autoconfiança, auxiliando         assim o desenvolvimento da criatividade, de socialização e também ampliando a    compreensão do mundo e de si mesmo fundamentando a sequência de atividades que   serão realizadas com a turminha do berçário.

         OBJETIVOS:
Explorar texturas de tintas e melecas
Utilizar diferentes instrumentos para pintura
Testar diferentes planos e suportes 

         ORIENTAÇÕES:
O material utilizado é  quase sempre preparado de maneira caseira, como corantes, farináceos e outros da possibilidade ainda maior das crianças explorarem estas melecas.
Incentivar as crianças na participação.
Realizar as atividades utilizando diferentes planos, no chão, parede, mesa,     etc.
Utilizar as tintas ou melecas em diferentes texturas e aromas

            POSSIBILIDADES:
         Pintura Paladar

Preparar as tintas com materiais que possam ser levados à boca, como:
Farináceos (farinha de trigo, farinha de rosca, fuba
Espinafre batido, beterraba batida, couve batida, cenoura batida, suco de uva, suco de laranja, maracujá, etc.
Gelatina (várias cores) - gelada
Grude de farinha tingida com anilina
Sagu de uva feito de maneira mais consistente 
Água com farinha rosca
Maisena e água
Pó de café com água
Creme de abacate

         Suportes
·        Cartolinas
·        Papel kraft branco e marrom
·        Papél cartão
·        Plástico bolha
·        Parede, chão, mesas, azulejos

         Instrumentos:
Pincéis, rolinhos, buchas, mãos, pés, corpo todo, panelinhas       colherinhas,          rolinhos, bonecas, entre outros.



Ao longo dos próximos meses estaremos postando algumas experiências com essas melecas! Não percam!


   JULHO / 2019

   
Beterraba e cenoura: crua, cozida, ralada e batida!

“O espaço é então um agente educativo que deve se transformar de acordo com a proposta. É preciso habilidades como adequação, transformação, dinamismo, personalização, flexibilidade, acolhimento, ludicidade e estética ao imaginar e planejar ambientes propositores para as crianças” (Educação Infantil – um mundo de janelas abertas, pg. 111).

Pensando nisso, sempre nos preocupamos com o ambiente que vamos propor às nossas crianças, pois tudo é importante diante dos olhos delas, o papel branco para que perceba as cores, os pratos pequenos e baixos para melhor manipulação e disposição.
Para a proposta utilizamos papel branco, pratos, rolinhos, mesa e os alimentos. Convidamos as crianças para irem até o solário, inicialmente observaram algumas crianças tocaram nos alimentos, outros olhavam, não demorou muito para iniciarem as explorações.



Julia gostou da cenoura cozida, comeu muitos pedacinhos, até experimentou a beterraba, mas sua preferência foi a cenoura.


Já o Davi gostou da beterraba cozida, a crua até provou, mas não gostou e cuspiu.







Leticiah ficou no chão com os alimentos batidos com água, brincou com as mãos, boca e com o rolinho de espuma.






Murilo explorou um pouquinho de tudo, gostou de tocar na mistura de cenoura com água.






Théo preferiu brincar com o rolinho de espuma e as “melecas”, ficou a maior parte do tempo realizando suas explorações no chão.




Bento experimentou com as mãos, deu na boca da educadora Nazaré. Nazaré entrou na brincadeira!



A proposta faz parte da sequência de atividades “Brincando e pintando para conhecer o mundo”. As crianças têm a liberdade de apropriarem do material/alimento/meleca da forma que lhes dão mais prazer, decidem como vão explorar, fazem experiências, testam, escolhem se querer participar ou observar, e como percebemos, o contato oral (boca) é um dos principais caminhos para os bebês explorarem e descobrirem o mundo a sua volta, por isso o trabalho artístico com esses materiais que podem ser tranquilamente levados a boca é tão rico e necessário nessa faixa etária.
 Os principais campos de experiências: Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações e Traços, sons, cores e formas.
Objetivos de aprendizagem:
- Manipular alimentos variados para comparar as diferenças, sentir o sabor, odor, cor e semelhanças entre eles. 
- Traçar marcas gráficas, em diferentes suportes usando instrumentos riscantes e tintas.





AGOSTO

Texturas, Cores e Melecas: Tinta caseira com couve e cenoura


“Bebês usam todos os sentidos para ver o mundo! O corpo todo é uma grande antena voltada para o conhecimento: pegam objetos e os passam na pele, sentem as texturas e as temperaturas, levam-nos à boca, encostam no nariz e ouvem os ruídos com atenção.

"Provocados pelos materiais, os curiosos bebês sentem prazer e em explorar e expressar suas impressões (...)” PRÁTICAS COMENTADAS PARA INSPIRAR, pág. 92.







Em continuidade a seqüência de propostas com as melecas, trouxemos a couve e a cenoura batida com água e um pouco de farinha de trigo. Juntamente com a tinta, dispusemos os talos da couve e as folhas, para enriquecer a proposta e experiências das crianças.
O interesse foi imediato assim que chegaram ao nosso solário que estava todo preparado e pensado para esse momento.


Leticiah, assim que aproximou começou suas explorações pegou o talo da couve, colocou dentro dos pratos com a tinta, colocou as mãos, passou em seu corpo, jogou toda tinta do prato na mesa, misturou as tintas.


Davi ficou um bom tempo envolvido, brincou com os talos da couve, experimentou com a boca e corpo, quando colocou o dedinho pela primeira vez ficou um tempo observando e sentindo a textura em suas mãos.



Valentina preferiu usar o talo da couve para brincar com a tinta, ficou com receio de colocar as mãos.


Julia colocou as mãos sentindo a textura e também usou o talo para explorar as duas tintas.


Bento explorou de muitas formas, com as mãos e corpo, com o talo e folhas da couve, bateu na tinta, usou a mesa, o chão, o papel, e a parede de azulejo.




Pedro explorou com os dedos, mas ficou incomodado quanto à textura e preferiu mexer usando o talo da couve.







Lívia também preferiu usar o talo da couve como pincel, passava na tinta e no papel. 
Conforme as crianças demonstravam que não queriam mais participar da proposta foram saindo direto para um delicioso banho!!!



SETEMBRO
     

 Proposta com Sagu


“... que a importância de uma coisa não se mede com fita métrica nem com balanças nem barômetros etc. Que a importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós.”    
              Manoel de Barros
         Trouxemos o sagu de sabor uva e morango com corantes variados para ficar bem colorido. Os suportes eram somente os pratos e potes, a intenção era manusear com as mãos esta textura, trazendo diferentes sensações.
            Temos notado que cada vez menos eles estão experimentando nossas “melecas”, e que o intuito é este mesmo, primeiramente trazer texturas alimentares para depois inserirmos tintas “industrializadas” para que não causar mal nenhum em nossas crianças.
            Percebemos o envolvimento das crianças e sempre respeitamos seu tempo, e assim que sentimos alguma criança incomodada já percebemos que é o momento de sair da atividade.
            O que nos chamou atenção foi o encanto proporcionados pelas “bolinhas” do sagu, no qual pudemos observar Théo colocando a “bolinha” no buraquinho da parede.

Lívia explorou com as mãos, corpo e boca. Experimentou e percebemos que gostou tanto no paladar quanto  no sentir em suas mãos.







Murilo explorou com as mãos, gostou de jogar o sagu no chão e ficou tentando descolar as bolinhas dos seus dedos.






 













Bento explorou bastante colocando a mão no sagu com muita satisfação, bateu com os dedos, jogou para cima da mesa, ofereceu as educadoras, andou por todo espaço observando e experimentando de várias maneiras.





Pedro pegou no sagu e observou bastante aquelas bolinhas que ficavam grudadas em suas mãos.





Davi gosta muito desses momentos, explorou com as mãos e corpo, ficou um bom tempo envolvido.



Julia observou os colegas, ficou incomodada e intrigada com as bolinhas grudadas em suas mãos.






 
“Vivenciar arte na infância é promover espaços, tempos e meios para as crianças conhecerem o mundo, se conhecerem e expressarem suas emoções, seus desejos e suas opiniões: imaginar/fazer, sentir/expressar, criar/destruir, organizar/desorganizar, gostar/ não gostar, solitude e relação.” (Livro práticas comentadas para Inspirar)

  Mês que vem tem mais!!!!!





OUTUBRO

CAIXA DA NATUREZA - PROJETO SER CRIANÇA É NATURAL




            O Projeto Ser Criança é Natural do Instituto Romã, criou a brincadeira chamada Caixas da Natureza. É algo como um amigo secreto entre famílias e grupos escolares de várias cidades do Brasil.
            Cada família ou grupo se inscreve para participar no site do projeto e recebe as instruções detalhadas. A idéia é coletar elementos da Natureza, mostrando as crianças tudo que esta ao seu redor ou em seu cotidiano, organizá-las numa caixa e enviar para outro grupo. É uma forma de oportunizar um maior contato entre as crianças e o meio que os cercam.
            Como o meio ambiente a nossa volta muda durante o ano, o projeto é organizado para que ocorram trocas a cada nova estação do ano. Quem se inscreve tem uma agenda para seguir (datas para coletar o material, enviar a caixa e receber outra em troca). A brincadeira acontece (individual) para famílias uma vez em cada estação do ano, e para grupos uma vez por semestre.
            Pensando em tantas possibilidades positivas que o brincar com elementos da natureza nos proporciona, realizamos a inscrição do grupo do berçário.
            Com um total de 227 grupos e com aproximadamente 5800 crianças brincando foi uma experiência contagiante aos nossos bebês e educado









                                                                                          



No dia 02/09 recebemos a mensagem na qual seria o destino da nossa caixa: Turma Maternal 2 B, responsável : Graciane. Curitiba- PR.  Montamos um painel contando um pouquinho de como é esse projeto com a intenção de ir colocando as fotos das etapas da construção da caixa, para que as famílias acompanhassem todo o processo.
A nossa inscrição para caixa da natureza foi realizada, a primeira ação foi comunicar as famílias na reunião de pais sobre a intenção de participar e solicitar que brincassem com seus filhos no entorno de suas casas, praças, parques, etc,um olhar mais criterioso em relação a nossa natureza. Solicitamos que coletassem elementos naturais em seus passeios, no quintal de casa, caminho da escola, praças do bairro, parques, mata vizinha, etc. assim como imagens das crianças de uma forma em que não ficassem muito expostos. Os pais enviaram elementos naturais que colheram juntamente com seus filhos, e assim foi composto nosso painel.  

Foram várias vivências durante esta proposta. Fomos à quadra (local próximo da creche), onde juntamente com as crianças colhemos muitos tesouros naturais, colhendo folhas do chão, sementes, prestando atenção em flores, animais que encontramos no caminho.  Também mostramos às crianças uma plantação de cenoura da turma do infantil II que fica na subida da rampa na nossa creche, na qual passamos por ela todos o dias, nestes momentos as crianças param para olhar e passam as mãos.
                  






 As brincadeiras, observações e investigações nas áreas naturais podem ser ampliadas e assim mostraremos um pouco das vivencias oportunizadas a partir desta proposta Caixa da Natureza....


















Vivência com os elementos colhidos pelas famílias, crianças e educadoras

Convidamos as crianças para brincarem com as folhas, logo se levantaram e fomos para o solário. Além dos elementos colhidos incluímos a terra e tintas caseiras.
Ao chegar cada um seguiu um caminho, uns foram para mesa, outros para o chão, observando e escolheram o que mais chamou atenção ou despertou curiosidade.
           




Bento logo parou na mesa com as tintas é algo que gosta muito, rapidamente iniciou suas explorações pegou o pratinho, balançou jogando tinta no chão e no seu corpo pegou os pinceis gravetos e folhas. Depois andou pelo espaço e parou na bandeja com a terra, havíamos deixado algumas folhas em cima pensando em ampliar as possibilidades de brincadeiras, Bento tirou todas as folhas, pois afinal, seu objetivo era outro, queria usar a peneira que estava ao lado e as folhas estavam atrapalhando, passou a andar pelo espaço e testar alguns gravetos na terra por fim levou a terra na peneira e foi colocando no prato que estava um pouco distante, depois buscou outro prato mas  trouxe para perto da bandeja, no meio da suas experimentações, chega Julia e entra dentro da bandeja ele ficou um pouco intrigado e reclamou, mas assim que Julia saiu ele entrou dentro para brincar, foi um dos últimos a sair da proposta. Outra observação no mesmo dia Bento e sua mãe chegaram com muitas flores que colheram no jardim do prédio, quando ele avistou as flores ficou olhando, tocou e deu um sorriso.
           





Leticiah também ama as tintas e melecas, ela parou na mesa observou mas assim que olhou ao redor viu as bandejas e caminhou na direção, a bandeja com as forminhas chamou mais sua tenção,  ficou por lá um bom tempo mexendo com a terra e as forminhas, muito envolvida sente o grudar da terra em suas mãos e divide o espaço com a Lívia, usa as forminhas enche com a terra e procura os torrões para compor a sua forma e para desmanchá los.






           

Julia como de costume primeiro observa bastante, mas logo colocou a mão na “massa”, iniciou suas explorações na mesa com as tintas, gravetos e folhas, ela pintou as folhas e gravetos, muito bonito e peculiar vê- la intrigada com a tinta grudada em suas mãos, olha, esfrega uma na outra, fez até uma caretinha, nota  a tinta grudada nos pelos do pincel, ficou um bom tempo envolvida com a proposta na  mesa, depois seguiu para as bandejas, sua primeira ação foi entrar dentro, depois  disso Bento, Leticiah, Davi e Valentina realizaram a mesma ação.
           




Pedro curtiu a mesa com as tintas colocando as mãos, andou bastante pelo solário, visitou as bandejas, com um pincel a mão brincou com uma forminha e experimentou a terra com a boca, depois disso ficou incomodado, Nazaré estava atenta e próxima a ele, o levou para lavar a boca, depois retornou para a proposta, porém ficou pouco tempo envolvido e logo sinalizou que queria sair.
         



   Davi ao chegar ficou curioso, querendo ver o que Bento e Murilo estavam fazendo na mesa, andou pelo espaço com um graveto nas mãos e de olho em tudo que os colegas estavam fazendo, brincou com as tintas, pintou as folhas, e com o pincel brincou nas bandejas.










Valentina gostou bastante das tintas ficou um bom tempo utilizou gravetos e pinceis para pintá-las depois sentou ao lado de Lívia e Davi para brincar nas bandejas.


























Murilo fez explorações com a boca, andou por todo o espaço do solário, passou o pincel no portão e portas, depois parou na mesa com as tintas e a derramou, passou as mãos espalhando e experimentando com a boca.

            
















Lívia ficou muito envolvida com a terra, brincou bastante fez muitas explorações em determinado momento começou a selecionar só os torrões de terra para colocar em sua forminha.

            







Théo antes da proposta demonstrou um pouco de sono e havia pedido a chupeta, pensamos que talvez não quisesse participar, mas logo que entrou foi para a mesa pegou os pincéis, ele gosta de ter algo nas mãos, ama colheres e gosta  de ter duas. Participou da proposta o tempo todo com dois pincéis nas mãos, testou de várias maneiras batendo na mesa, pintou as folhas, andou pelos espaços, brincou com a terra, mas as tintas foi sua preferência.




Trazer essa proposta foi uma forma de aguçar a memória de um momento que vivenciaram em outro contexto e ambiente. As folhas quando seguirem viagem elas não foram apenas colhidas, mas tocadas, apertadas, apalpadas, pintadas, repintadas, cheiradas, experimentadas, ou seja, seguem seu destino repleta de histórias, vivências e descobertas.
























Cada vez mais percebemos que entre a natureza e as crianças existe uma conexão muito forte, trabalhar com a caixa da natureza só veio fortalecer esse pensamento, a proposta não pode acabar quando a caixa seguir viagem será uma prática incorporada ao trabalho com nossos bebês.





Os elementos da natureza fazendo parte da rotina das crianças...
Acolhimento,
Parque de areia...








 “As crianças estão nos dizendo o que elas precisam, o que elas querem. A todo momento, elas nos mostram o caminho. Por isso, precisamos estar atentos para ouví- las e observá-  las, permitindo que vivam a infância em uma sociedade urbana, industrializada e tecnológica sem perder o que é essencial: o contato com a natureza. ” Ana Carolina Thomé



No dia 27/09/2019 a caixa seguiu seu destino!




Daremos mais detalhes no próximo mês desta grande experiência proposto aos nossos pequenos, e da chegada da nossa caixa. Não percam!





  








NOVEMBRO


CAIXA DA NATUREZA - PROJETO SER CRIANÇA É NATURAL
           
Chegada da caixa da natureza
                        A nossa caixa da natureza chegou, veio da Casa da Coruja, um espaço de educação infantil, que fica em Itacaré, uma pequena cidade turística no litoral Sul da Bahia. Vieram repletas de tesouros naturais: Cacau, coco de dendê, sementes de cabaça de berimbau, areia da praia da Concha, areia praia do Resende, areia da Prainha, folhas secas da mangueira, folhas secas do cacaueiro, folhas secas do cajueiro, folhas secas de amendoeira, penas, pedrinhas, conchas, sementes de cacau torradas que se faz chocolate, tinta natural de urucum, chocalho de pedrinhas, uma mandala e um desenho coletivo das crianças.



  

Recebemos uma cartinha linda, na qual conta um pouco da escola e a vivência das crianças em relação ao contato com a natureza, como árvores frutíferas no quintal da escola e um galinheiro com um galo chamado “JUJU”.
                     
 Compartilhamos com as crianças a caixa que recebemos repleta de elementos naturais.
                        Na sala, juntamente com as crianças, abrimos a caixa, mostrando a eles cada pacotinho, enfatizando o que continha dentro e socializando os elementos. Em seguida montamos um cenário com todos os elementos em nosso solário para os bebês conhecerem melhor os objetos, brincarem e explorarem.
                        Percebemos que as areias foram um dos elementos preferidos pelas crianças, sem dizer que tínhamos três variedades de cores e texturas e havia uma que estava um pouco úmida!!!



                       






Valentina brincou com uma sementinha por um longo tempo, colocava em cima da areia, apertando, sentindo e brincando.











Lívia, como não mencionar tamanha riqueza do olhar em observar estas conchas.
















Bento ficou um bom tempo brincando com as pedras, mas também explorou todo tipo de areia, derramando sobre a mesa e passando suas mãos, sentindo a textura.
Também encontrou uma conchinha, na qual enchia de areia e esvaziava.








Théo ficou encantado com a areia, em especial a mais escura, pegou, apertou sentindo a textura.  






Pedro brincou com as folhas pegando, sentindo, rasgando e amassando.


              Foi gratificante e brincante este momento rico em experiências com tantos elementos naturais!
            A experiência com a caixa da natureza e seus elementos foi uma história muito bonita, com começo e um desejo que não tenha fim, a maneira como as crianças percebem e encantam se com os elementos naturais é muito peculiar e contagiante!!!
            Agradecemos as famílias, a casa da coruja pelos tesouros enviados e as nossas crianças por compartilhar momentos de pesquisas, encantamento e descobertas!


" Mas os bebês, espontaneamente, experimentam o mundo sem esperar que ninguém diga o que eles têm que fazer. Eles se aproximam, observam, tocam, testam possibilidades, observam o entorno e podem trazer para sua brincadeira ações que outras pessoas fazem ao redor."
(Ser criança é natural- texto: Tempo de explorar, experimentar e sentir o mundo)


DEZEMBRO



MOSTRA CULTURAL

            Depois de muitos estudos no decorrer do ano a respeito da “Documentação Pedagógica” (Fotos, cartazes, etc.), no qual fizemos muitos estudos, visitas em outras escolas com várias exposições, refletimos com os educadores a importância  em expor as fotos e as produções das crianças com um olhar mais minucioso em relação às  experiências das crianças. Com um cenário enriquecido para apreciação dos pais e crianças e ao mesmo tempo as vivencias das mesmas. Vivências e seus sentidos, uma reflexão, o olhar, o professor observador, a intencionalidade, o resignificar.  



Nossa Mostra Cultural foi organizada pela equipe pedagógica para dar visibilidade às profundas aprendizagens das crianças ao longo do ano, apresentou uma síntese reveladora daquilo que foi mais significativo para as crianças e, ao mesmo tempo, proporcionou experiências estéticas com os registros e produções selecionadas. A exposição serve para colorir as paredes da escola com as documentações e vivências das crianças e além das famílias, convidar todo mundo, para ver um pouquinho do que é feito aqui (...). Coordenadora Pedagógica Marcela Aparecida da Silva Lima).

A massinha caseira sempre foi uma proposta que os bebês se identificam muito, então trouxemos uma massinha com “essência de cravo” e outra com gelatina de cereja. E assim pudemos ver crianças (Julia, Leticiah, Bento e Pedro) e seus pais participando nesta experiência que acontecem de diversas formas, com materiais diferentes, massinhas caseiras com cores e aromas diferentes no decorrer do nosso ano letivo. (Professora Jania e Gardene Berçário Inicial).


O Projeto “Ser Criança é Natural”, também trouxe muitos momentos ricos, com as vivências das crianças com vários elementos da natureza, colhidos, recebidos, apreciados, explorados pelos bebês.




Bento e sua mãe passaram um bom tempo neste espaço, no qual puderam explorar folhas, terra, e diferentes tipos de areias que vieram na caixa da Natureza recebida pela “Casa da Coruja” – Bahia













Lívia também explorou a terra com forminhas e colheres de pau

















Brenda mãe da Júlia gostou de tocar na areia das praias da Concha, do Resende, e da Prainha









Cesto dos Tesouros




        Pensando em tantas possibilidades que o cesto dos tesouros pode proporcionar, vem de encontro com nossos objetivos para com os bebês que é instigar os sentidos, a exploração, investigação, descobertas, curiosidade, protagonizando sua ação com os objetos.





O Projeto: “Brincando com a Música”, com o objetivo de ampliar e diversificar as possibilidades da musicalidade, colaborando na formação da sensibilidade musical das crianças através da dança, do contato com sons diversos, jogos, brincadeiras, ritmos variados, gêneros musicais, instrumentos e outros que possibilitem ampliar esse universo.                                                          
            “A música traz sentimentos, sensações e emoções que convocam o corpo. Ao ouvir uma música o corpo é automaticamente convidado a se conectar, sejam pela letra, melodia, seja por lembranças que a música remete” (Livro: Práticas comentadas para Inspirar).
            As crianças e seus familiares manipularam, brincaram, experimentaram os instrumentos que foram confeccionados no decorrer do ano.







3 comentários:

  1. Todas as atividades realizadas com crianças é fundamental para o desenvolvimento e junto vem a alegria das crianças.
    Ótimo trabalho educadores e todos os funcionários.

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  2. Não tenho palavras para descrever o que foi esse ano juntamente com a equipe. Todos sensacionais, me emociono em ver as vivências do meu bebê e seus amiguinhos na escola. Muito orgulho do meu filho fazer parte dessa grande família chamada Rubem Alves. Muito obrigada de coração as professoras e todos envolvidos para que tudo isso acontecesse tão lindamente, tenho certeza que nos 2 próximos anos serão incríveis.

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