MAIO / 2019
Produções inspiradas nas obras do artista Aldemir Martins
Produções inspiradas nas obras do artista Aldemir Martins
No decorrer desse ano vamos conhecer
e apreciar obras famosas de diversos artistas. Nesse mês de abril conhecemos
algumas obras do artista Aldemir Martins e algumas das produções que fizemos foram
inspiradas nelas. As obras foram: Frutas (1968), Paisagem (2004), Elefante
(1972), Família de gatos (2003), Gato azul (2003) e Galo (1992).
Tínhamos algumas expectativas com
relação a essa experiência. Será que crianças iriam apreciar o material? Como
seria a interação?
Fizemos uma roda de conversa para
apreciação das imagens e fomos fazendo algumas intervenções, perguntando sobre
o que observavam e eles foram falando: gato, galo carijó, elefante, banana,
beterraba, laranja, bola laranja no céu, sol, praia. Pilar ao apreciar a obra
Elefante disse que não havia gostado.
Isabelle também observou e disse
fazendo careta:
— Tá
bravo ele! Com o olho vermelho!
Matheus e Miguel disseram que o
elefante não estava bravo não.
Achamos interessante as crianças observarem a
expressão do elefante e se expressarem, dizendo para o grupo suas impressões
sobre o que viam e sentiam. Cada um percebe de uma maneira o que vê. Uns
acharam que o elefante estava bravo, outras disseram que não estava.
As
crianças observando a foto do artista disseram que parecia uma vovó e que ele
estava de batom. Perguntaram também porque estava com as mãos no rosto e onde
ele morava.
No
final da roda todos tiveram oportunidade pegar e ver de perto cada uma das
obras, depois, fixamos as imagens na nossa sala por alguns dias para que
revisitassem sempre que quisessem.
Observamos no decorrer dos dias que
em um momento e outro da rotina sempre se formava um grupinho de duas ou três
crianças em frente às obras apreciando-as. Iam até as imagens, apontavam,
perguntavam, conversavam uns com os outros sobre o que estavam vendo e
sentindo. Também ia dizendo às cores que viam: gato azul, amarelo da praia,
laranja do sol, vermelho e amarelo dos gatos, verde do olho do gato, vermelho nariz
do gato, árvore preta.
As imagens das obras inspiraram
produções com tintas e massinha, além de ter ampliando o conhecimento sobre as
cores. As conversas que eles tiveram nas rodas planejadas e nos momentos
espontâneos contribuiu também para elaboração do pensamento e fala dos pequenos.
Segundo
a BNCC é um direito da criança explorar movimentos, gestos, sons,
formas, texturas, cores, palavras, emoções, transformações, relacionamentos,
histórias, objetos, elementos da natureza, na escola e fora dela, ampliando
seus saberes sobre a cultura, em suas diversas modalidades: as artes, a
escrita, a ciência e a tecnologia.
Na primeira atividade as crianças
pintaram o papel cartão branco com tinta aquarela, misturando com água, exploraram
o material, escolheram as cores que queriam nas suas produções, umas ficaram
com tons mais vivos, outras mais pasteis.
Outra
atividade que realizamos foi uma produção em massinha tendo como inspiração as
imagens do Aldemir Martins. As produções foram feitas em cima de um papel
cartão, as crianças podiam explorar como quisessem, elas modelaram, desenharam
com a massinha no suporte, misturaram as cores formando outras, produziram
diversas coisas.
Um campo de experiências trabalhado
nessa sequencia de atividades foi “Traços,
sons, cores e formas”, pois as crianças tiveram oportunidade de traçar
marcas gráficas em diferentes suportes utilizando tintas, também tiveram a
oportunidade de manipular massinha de modelar, colando no suporte, misturando
as cores resultando em outras ou criando objetos tridimensionais.
Outro campo explorado foi o da “Oralidade e escrita”, pois as crianças
tiveram a oportunidade de expressar o que sentiam, suas impressões e opiniões
sobre as obras. Comunicaram-se com as educadoras e com os colegas, em situações
planejadas e em situações espontâneas.
As
cores que mais chamaram atenção das crianças no decorrer das apreciações foram
laranja, preto e azul. Então, nossa
última atividade desta sequencia pintamos o papel A4 branco com pincel e tinta
guache, utilizando essas três cores. As produções ficaram cheias de
personalidade, pinceladas mais fortes, mais suaves e delicadas, com pouca ou
muita tinta, cada uma de um jeitinho, cada “artista” imprimiu no papel sua
expressão.
Avaliamos as sequencias de
atividades de forma positiva, as crianças apreciaram o material, interagiram
com as obras, se expressaram, conversaram sobre o que viam e sentiam. Os caminhos
percorridos pelas crianças durante o processo foi além de trabalhar imagens,
elas se comunicaram, elaboraram pensamentos, falas e expressaram emoções, além
de vivenciar experiências com materiais apreciados por elas, tintas, pincéis e
massinha de modelar.
JUNHO / 2019
Exploração
de materiais de longo alcance, não estruturados e Recicláveis.
As brincadeiras são planejadas e organizadas de forma
intencional, por isso sempre buscamos disponibilizar um tempo maior, pois
segundo Renata Meirelles (Blog tempo de creche” nesse caso o tempo precisa ser
diferenciado.
“Assim, o tempo da criança
com os brinquedos não estruturados é outro: ele é mais complexo porque primeiro
vem a pesquisa, as descobertas, a apropriação das narrativas do material e, por
fim o planejamento e a execução da brincadeira”.
De acordo com
(Mello,2015) a manipulação de materiais e objetos diversos deve ser considerada
atividade principal para crianças de 1 a 3 anos. De acordo com a autora, enquanto
exploram esses materiais as crianças são desafiadas a selecionar, experimentar,
colocar próximos, empilhar, rolar, empilhar enfileirar, relacionar movimentos,
cores, formas, texturas, testar as possibilidades sonoras, nomear, classificar,
transformar, proporcionando a formação da percepção, da fala do pensamento e
imaginação.
REFERÊNCIAS
BLOG TEMPO DE CRECHE: http://www.tempodecreche.com.br/desenvolvimento-infantil-2/o-que-precisamos-dar-para-criancas/
MELLO,SuelyAmaral.https://www.youtube.com/watch?time_continue=384&v=Av4I18c2OFk>. Acesso em: 23 jun. 19
Observamos que algumas crianças da nossa turma, desde o início do ano demonstravam interesse por animais, particularmente por insetos e bichinhos de jardim (aranha, barata, mosca, joaninha, pernilongo, formiga, borboleta, entre outros). Pensando no interesse delas, elaboramos um projeto com essa temática e nomeamos por “Vida de inseto”.
As crianças e seus familiares estão participando ativamente do projeto, principalmente quando solicitamos as famílias na segunda reunião com pais que elas enviassem para escola insetos ou bichinhos de jardim que encontrassem em suas casas ou em algum passeio. O bichinho poderia ser enviado para escola dentro de um recipiente de vidro, para que as crianças pudessem observar e conversar sobre o que viam.
O Gustavo e sua família trouxeram uma abelha, fizemos uma roda de apreciação, as crianças ficaram curiosas e interessadas, algumas crianças falaram que a abelha picava, Pilar lembrou-se do mosquito da dengue, Miguel falou do pernilongo. Ficaram bem interessados na abelha, comentaram sobre as patas, as asas e o que chamou mais atenção foram as antenas, o tamanho dos olhos, e o corpo cheio de listrinhas.
Falamos também que a abelha é um inseto do “bem”, que ela pica só se for ameaçada, que ela gosta de flores, que ela produz o mel. Conversamos sobre o que elas fazem como elas vivem, onde elas moram, a organização e a função delas dentro da colmeia, a rainha, operária e o zangão.
Dando continuidade ao projeto, outra experiência realizada com a turma foi a culinária do pão de mel, conversamos sobre a receita, falamos dos ingredientes e principalmente sobre mel, escrevemos a receita em um cartaz, lavamos as mãos, colocamos as toquinhas, nos reunimos e começamos.
A Alice misturando o pão de mel dava gargalhadas, apreciando participar do processo. Colocamos no forno, ficou muito bonito, apesar de não ter leite e nem ovos, pois fizemos a receita de acordo com as restrições alimentares das crianças ele cresceu bastante.
Disponível:
O Diário de Mika - O Vento é o Ar com muita Pressa https://youtu.be/ewlgkpiC_zE. > Acesso em:
26 Ago.19
Durante todo o ano na nossa turma, experiências com leitura foram
planejadas e promovidas para os pequenos, idas a biblioteca da escola, rodas de
história, teatro de sombras, histórias com fantoches e objetos, exploração de
livros com temas diversos, gibis, panfletos, entre outros portadores, projeto
Biblioteca Circulante.
---- Esses dois são do Vinicius.
(Miguel Augusto), apontando a foto do autor Vinicius de Moraes nos cartazes
pendurados na sala
JULHO / 2019
Projeto “Vida de Inseto”
Já realizamos algumas etapas deste projeto, roda de conversa com o recurso da caixa surpresa com alguns insetos, bichinho de jardim de borracha, roda de conversa com imagens, colagem coletiva de cartaz com imagens, observação de insetos ou bichinhos de jardim trazidos para esse fim, culinária, passeio para estudo do meio, etc.
O Gustavo e sua família trouxeram uma abelha, fizemos uma roda de apreciação, as crianças ficaram curiosas e interessadas, algumas crianças falaram que a abelha picava, Pilar lembrou-se do mosquito da dengue, Miguel falou do pernilongo. Ficaram bem interessados na abelha, comentaram sobre as patas, as asas e o que chamou mais atenção foram as antenas, o tamanho dos olhos, e o corpo cheio de listrinhas.
Começam deste modo, as primeiras atividades de pesquisa que dão, por sua vez, resultados imprevisíveis, mas que constroem na criança a necessária confiança nas próprias capacidades de entender e de achar explicações.
Campos de experiências na escola da infância: contribuições italianas para inventar um currículo de educação infantil brasileiro/ Daniela Finco, Maria Carmem S. Barbosa, Ana Lúcia Goulart (organizadoras). Campinas, SP, Pág. 64.
O interesse da turma pela abelha possibilitou que explorássemos mais o tema, então, trouxemos para apreciação dos pequenos um pedaço de favo de mel e o mel, com objetivo que eles conhecessem e experimentassem um alimento tão bom, com tantos benefícios, produzido por um inseto, um bichinho da natureza.
As educadoras começaram experimentando, para incentivá-las e depois foi vez das crianças. Elas sentiram o cheiro do mel e puderam experimentar. Algumas crianças experimentaram o favo, outras aceitaram apenas o mel e outras não quiseram provar, só sentir o cheirinho. Cada um participou como se sentiu a vontade.
Perguntamos para quem experimentou se eles haviam gostado e disseram que sim. Isabelle, José, Elisa, Miguel Augusto, Julia e Robert, até pediram repetição.
Miguel Augusto estava ansioso para provar, dizia:
— Eu quero Katy! Eu quero!
Olhando para as imagens dos diferentes tipos de abelhas ele também falou:
— Isso não é um mosquito! É uma abelha, que pica e tem asas!
Robert disse:
— Ela pica né?! Cuidado!
Todos participaram do preparo do pão de mel do início ao fim, conversaram sobre os ingredientes que visualizavam sobre a mesa, adicionaram os ingredientes, mexeram a mistura.
— Hum... Que delícia esse mel!
Quando adicionamos o fermento, a mistura começou a borbulhar e aumentar um pouco de volume, a Pilar observando disse:
— Olha está crescendo!
Ao colocarmos o bicarbonato a Valentina falou:
—É sal?!
Fizemos a degustação no momento do café da manhã. Uns comeram mais, outros só experimentaram. Robert também gostou muito! Comeu primeiro o pão de mel e depois o pãozinho servido no café da manhã.
Temos explorado o Campo de Experiência “Espaço, tempos, quantidades, relações e transformações”, pois um dos seus objetivos é explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo descobertas.
Para que pudéssemos observar os insetos e bichinhos de jardim fizemos um passeio ao parque e quadra próximos à escola. As crianças levaram lupas e lanternas, a fim de observar, explorar o espaço e procurarmos os bichinhos de jardim e alguns insetos que poderiam aparecer por lá. Foi um passeio tranquilo, na ida foram observando a rua, os carros, os cachorros, tudo a volta. Chegamos lá e eles já quiseram correr, andar, explorar o espaço, uns já pediram as lupas e as lanternas, outros foram direto brincar no escorregador, gira-gira, correr pela quadra.
Não demorou muito e eles já estavam observando o chão, a grama com as lupas e as lanternas. Logo encontraram um caminho de formigas. Depois colocaram as lanternas no tronco da árvore aonde tinha buracos mais escuros, encontraram formigas. Também vimos borboleta, mosca e tatu bola. A Pilar queria muito encontrar uma “joanina” (joaninha), mas infelizmente procuramos e não encontramos nenhuma. Quem sabe da próxima vez não é?!
Dando sequencia a atividade ainda fizemos uma roda de apreciação das fotos do passeio com o uso do aparelho de Data Show, as crianças adoraram se ver nas fotos, conversaram, deram risada, relembrando com alegria os momentos vividos naquele dia.
Nosso projeto está se desenvolvendo bem, as etapas estão sendo desenvolvidas de acordo com o interesse das crianças. Elas estão formulando hipóteses, questões, fazendo pesquisas, buscando respostas, expressando suas opiniões, relacionando seus conhecimentos e ideias a contextos mais amplos, construindo conhecimentos mais elaborados sobre o tema.
AGOSTO\2019
Exploração
do elemento da natureza (AR)
Espaços, tempos, quantidades, relações e
transformações.
|
Eu e outro nós.
|
Traços, sons, cores e formas.
|
Escuta, fala pensamentos e imaginação.
|
Corpo, gestos e movimentos.
|
Além
da continuidade do nosso projeto vida de inseto, estamos trabalhando
paralelamente com atividades sequenciadas, que de algum modo estão relacionadas
ao tema. Por meio da observação diária, temos notado a necessidade de
introduzirmos os elementos da natureza nas nossas conversas, buscando facilitar
a compreensão das crianças de como esses elementos interferem na vida dos seres
vivos do planeta, inclusive na existência dos insetos e bichinhos de jardim.
Matheus observando uma pipa |
Durante
a nossa segunda reunião com pais, falamos sobre o nosso projeto e como poderiam
contribuir para que o projeto se tornasse cada vez mais rico. As famílias estão
enviando insetos para realizarmos a observação com a turma, lembrando que após
a investigação nós o soltamos novamente na natureza. Como os insetos vem dentro
de potes de vidro, às famílias costumam abrir furinhos na tampa para a passagem
do ar e em algumas situações as crianças perguntaram o porquê daqueles furos.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS:
Vídeos com
a música Florzinha do meu jardim em duas versões.
Disponível: https://youtu.be/9NBmWo9jI6g. > Acesso em: 26 Ago.19
SETEMBRO
Era uma vez...
Histórias, poemas, conversas e muita
imaginação!
Depois de finalizado os momentos da
história, são disponibilizados vários exemplares de livros, para que as
crianças escolham, explorem, troquem entre elas, conversem, apreciem. Nesse
momento observamos que elas se já organizam em duplas ou grupinhos, contam a
história para o amigo, recontam as conhecidas por elas, apontam as imagens,
elaboram hipóteses, falam, desenvolvem a linguagem e o gosto pela leitura.
Também planejamos cantinhos para
leitura, no momento do Acolhimento (na entrada), nas Diversificada, entre
outras situações. Nesses momentos podemos observar que sempre tem se formado “rodas
espontâneas”, formada por pequenos grupinhos. Vai chegando um, depois outro, e
quando percebemos temos uma roda ali, formada pelas crianças, apreciando,
conversando, trocando as impressões e sentimentos sobre as histórias. Seja
conduzida por um educador ou pelas próprias crianças.
Exploramos esse mês com turma o
gênero poema, realizamos a leitura em voz alta tendo como recurso cartazes que
produzimos com cada poema, foto do autor e algumas ilustrações. Os poemas foram:
As Borboletas e A foca, de Vinicius de Moraes, Pontinho de vista de Pedro
Bandeira, A lua foi ao cinema de Paulo Leminski e A centopeia de Marina
Colasanti.Muitas hipóteses foram levantadas pelos pequenos no decorrer da semana dos poemas, isso nos mostra o quanto a oralidade, conhecimento de mundo, capacidade de se expressar em grupo, tem se desenvolvido a cada dia. Observamos pelas falas o quanto os pequenos têm relacionado suas experiências aqui na escola com as suas vivências extraescolares. Transcrevemos as falas dos pequenos sobre os poemas, foram muitas e cada uma mais interessante que a outra:
---- Olha a escuridão! (Isabelle)
----
A foca parece um “camugu” (canguru) (Robert)
----
Eu como peixe! (Isaque), relacionando com a sardinha, alimento da foca.
----
O peixe tem espinho. (Matheus)
----
Escuridão é sem luz! (Julia)
----
Essa borboleta queimou! (Isabelle)
----
A foca está com frio! (José Antonio)
----
Qual o tamanho dela? (José Antonio)
---- Acho que centopeia é uma moça!
(Robert)
---- Ela é muito bonitinha! (Robert)
---- Ela parece lagarta. (Robert)
---- É uma cobra? (José Antonio)
---- Ela tem rabo? (Valentina)
---- Ai! Ela vai morder o meu dedo!
(Pilar)
---- A formiga carrega a folha com
toda a pata dela. (Julia)
---- A formiguinha entrou no meu
chinelo. (Pilar)
---- Eu fui no cinema no aquário, eu
vi a moreia e ela jogou água no brinquedão. Lá tinha um cinema que a cadeira
balançava! (Pilar)
---- Eu fui assistir Toy Story.
(Miguel Augusto), (Lucas) e (Pilar)
---- A estrela está brilhando!
(Robert)
Temos proporcionado às crianças
experiências no campo “Escuta, fala, pensamento e imaginação”, promovendo experiências nas quais as
crianças possam falar e ouvir, potencializando sua participação na cultura
oral, pois é na escuta de histórias, na participação em conversas, nas
descrições, nas narrativas elaboradas individualmente ou em grupo e nas
implicações com as múltiplas linguagens que a criança se constitui ativamente
como sujeito singular e pertencente a um grupo social.
As
experiências com a literatura infantil, propostas pelo educador, mediador entre
os textos e as crianças, contribuem para o desenvolvimento do gosto pela
leitura, do estímulo à imaginação e da ampliação do conhecimento de mundo.
Trecho
adaptado do documento Base Nacional Comum Curricular
Quando
lemos regularmente conseguimos observar os modelos de comportamento leitor que
estamos favorecendo as crianças, aos poucos desenvolvem postura de leitores,
apoiam os livros sobre o colo, folheiam uma página de cada vez, cuidam do
livro, apontam as figuras, passam os dedinhos sobre a escrita, se interessam
para ver a foto do autor e ilustrador da história. Alguns já conseguem narrar o
que vem no começo, o desenvolvimento e fim da história.
É
importante ressaltar que muitos aspectos são desenvolvidos com experiências em
leitura:
Ø Aspectos cognitivos: desenvolvimento
da linguagem oral e progressivamente a escrita, aumento de vocabulário,
criatividade, imaginação, relações temporais, apropriação da linguagem, outras
culturas e pensar em voz alta;
Ø Aspectos emocionais: memórias
positivas, visão de mundo, enfrentamento de emoções, compreensão da própria
história, identificação e empatia, experiência emocional.
As rodas de
história são atividades permanentes na nossa sala, elas garantem a oportunidade
de as crianças conhecerem e ampliarem o repertório oral, textual e literário.
Assegura que as crianças conheçam os diferentes gêneros: contos de fadas,
fábulas, poemas, histórias de medo, poesias e parlendas. As ilustrações dos
livros também despertam a imaginação e enriquecem o repertório imagético dos
pequenos.
Vivenciamos no decorrer do ano muitas experiências com argila, por ser um material maleável, ela permite a exploração tátil para a estruturação de várias formas. É um excelente recurso para desenvolver a percepção, coordenação motora fina, criatividade e imaginação.
OUTUBRO
“Afinal, só cuidamos e conservamos aquilo que amamos. A
infância é um período da vida ímpar para que possamos desenvolver esse vínculo
tão essencial para a sobrevivência da espécie humana e também da Terra” (Children & Nature
Network, 2019).
https://www.childrenandnature.org/wp-content/uploads/NaturePlayInfographic.pdf
NOVEMBRO
Experiências com argila
Amassa, aperta, molha, amolece, desliza, esfrega, belisca, bate, fura, achata, espeta, modela, risca, separa, une, enrola, concentra, constrói, cria, recria, transforma, pensa, observa, planeja, constrói, representa, produz.
A pequena Pilar olhando para seu suporte com argila, segurou o riscante e disse:
- Vou fazer um sapo!
Dentro do corpo do sapo fez vários furinhos, um ao lado do outro, nesse momento disse:
-Eu gosto de furar e de apertar a argila!
A princesa e seu sapo de argila
A pequena Pilar olhando para seu suporte com argila, segurou o riscante e disse:
- Vou fazer um sapo!
Dentro do corpo do sapo fez vários furinhos, um ao lado do outro, nesse momento disse:
-Eu gosto de furar e de apertar a argila!
Depois do sapo desenhado, a pequena destaca do suporte um pedacinho de argila e fala:
-Vou fazer a língua do sapo.
Com seus pequeninos e habilidosos dedinhos ela manuseia o material, fazendo movimentos de vai e volta, depois aperta, dando forma à língua do seu amigo sapo. Quando finaliza a modelagem, cola a língua no sapo e completa:
- Pronto agora ele já tem uma língua!
-Vou fazer a língua do sapo.
Com seus pequeninos e habilidosos dedinhos ela manuseia o material, fazendo movimentos de vai e volta, depois aperta, dando forma à língua do seu amigo sapo. Quando finaliza a modelagem, cola a língua no sapo e completa:
- Pronto agora ele já tem uma língua!
DEZEMBRO
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