Infantil II C





MAIO / 2019

Produções inspiradas nas obras do artista Aldemir Martins

            No decorrer desse ano vamos conhecer e apreciar obras famosas de diversos artistas. Nesse mês de abril conhecemos algumas obras do artista Aldemir Martins e algumas das produções que fizemos foram inspiradas nelas. As obras foram: Frutas (1968), Paisagem (2004), Elefante (1972), Família de gatos (2003), Gato azul (2003) e Galo (1992).
         Tínhamos algumas expectativas com relação a essa experiência. Será que crianças iriam apreciar o material? Como seria a interação?
            Fizemos uma roda de conversa para apreciação das imagens e fomos fazendo algumas intervenções, perguntando sobre o que observavam e eles foram falando: gato, galo carijó, elefante, banana, beterraba, laranja, bola laranja no céu, sol, praia. Pilar ao apreciar a obra Elefante disse que não havia gostado. 
            — Parece estar bravo!
            Isabelle também observou e disse fazendo careta:
            — Tá bravo ele! Com o olho vermelho!
            Matheus e Miguel disseram que o elefante não estava bravo não.
             Achamos interessante as crianças observarem a expressão do elefante e se expressarem, dizendo para o grupo suas impressões sobre o que viam e sentiam. Cada um percebe de uma maneira o que vê. Uns acharam que o elefante estava bravo, outras disseram que não estava.
            As crianças observando a foto do artista disseram que parecia uma vovó e que ele estava de batom. Perguntaram também porque estava com as mãos no rosto e onde ele morava.
            No final da roda todos tiveram oportunidade pegar e ver de perto cada uma das obras, depois, fixamos as imagens na nossa sala por alguns dias para que revisitassem sempre que quisessem.

            Observamos no decorrer dos dias que em um momento e outro da rotina sempre se formava um grupinho de duas ou três crianças em frente às obras apreciando-as. Iam até as imagens, apontavam, perguntavam, conversavam uns com os outros sobre o que estavam vendo e sentindo. Também ia dizendo às cores que viam: gato azul, amarelo da praia, laranja do sol, vermelho e amarelo dos gatos, verde do olho do gato, vermelho nariz do gato, árvore preta.
            As imagens das obras inspiraram produções com tintas e massinha, além de ter ampliando o conhecimento sobre as cores. As conversas que eles tiveram nas rodas planejadas e nos momentos espontâneos contribuiu também para elaboração do pensamento e fala dos pequenos.
            Segundo a BNCC é um direito da criança explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções, transformações, relacionamentos, histórias, objetos, elementos da natureza, na escola e fora dela, ampliando seus saberes sobre a cultura, em suas diversas modalidades: as artes, a escrita, a ciência e a tecnologia.

            Na primeira atividade as crianças pintaram o papel cartão branco com tinta aquarela, misturando com água, exploraram o material, escolheram as cores que queriam nas suas produções, umas ficaram com tons mais vivos, outras mais pasteis.
            Outra atividade que realizamos foi uma produção em massinha tendo como inspiração as imagens do Aldemir Martins. As produções foram feitas em cima de um papel cartão, as crianças podiam explorar como quisessem, elas modelaram, desenharam com a massinha no suporte, misturaram as cores formando outras, produziram diversas coisas.
            Um campo de experiências trabalhado nessa sequencia de atividades foi “Traços, sons, cores e formas”, pois as crianças tiveram oportunidade de traçar marcas gráficas em diferentes suportes utilizando tintas, também tiveram a oportunidade de manipular massinha de modelar, colando no suporte, misturando as cores resultando em outras ou criando objetos tridimensionais.
            Outro campo explorado foi o da “Oralidade e escrita”, pois as crianças tiveram a oportunidade de expressar o que sentiam, suas impressões e opiniões sobre as obras. Comunicaram-se com as educadoras e com os colegas, em situações planejadas e em situações espontâneas.
            As cores que mais chamaram atenção das crianças no decorrer das apreciações foram laranja, preto e azul.  Então, nossa última atividade desta sequencia pintamos o papel A4 branco com pincel e tinta guache, utilizando essas três cores. As produções ficaram cheias de personalidade, pinceladas mais fortes, mais suaves e delicadas, com pouca ou muita tinta, cada uma de um jeitinho, cada “artista” imprimiu no papel sua expressão.
            Avaliamos as sequencias de atividades de forma positiva, as crianças apreciaram o material, interagiram com as obras, se expressaram, conversaram sobre o que viam e sentiam. Os caminhos percorridos pelas crianças durante o processo foi além de trabalhar imagens, elas se comunicaram, elaboraram pensamentos, falas e expressaram emoções, além de vivenciar experiências com materiais apreciados por elas, tintas, pincéis e massinha de modelar.



                                  JUNHO / 2019

Exploração de materiais de longo alcance, não estruturados e Recicláveis.
Dentro do nosso planejamento, buscamos oportunizar momentos em que nossas crianças, tenham acesso a exploração de materiais não estruturados, de longo alcance e recicláveis. Consideramos essas ocasiões muito ricas, pois possibilitam experiências que promovem aprendizagens que são essenciais na Educação Infantil.
Como se trata de um momento que exige mais atenção e concentração, as crianças ficam mais calmas e com isso há uma diminuição de conflitos dentro do grupo, pois o nível de disputa com esse tipo de material é menor, por conta do significado que cada objeto apresenta para cada criança.

As brincadeiras são planejadas e organizadas de forma intencional, por isso sempre buscamos disponibilizar um tempo maior, pois segundo Renata Meirelles (Blog tempo de creche” nesse caso o tempo precisa ser diferenciado.

“Assim, o tempo da criança com os brinquedos não estruturados é outro: ele é mais complexo porque primeiro vem a pesquisa, as descobertas, a apropriação das narrativas do material e, por fim o planejamento e a execução da brincadeira”.

 
                                
De acordo com (Mello,2015) a manipulação de materiais e objetos diversos deve ser considerada atividade principal para crianças de 1 a 3 anos. De acordo com a autora, enquanto exploram esses materiais as crianças são desafiadas a selecionar, experimentar, colocar próximos, empilhar, rolar, empilhar enfileirar, relacionar movimentos, cores, formas, texturas, testar as possibilidades sonoras, nomear, classificar, transformar, proporcionando a formação da percepção, da fala do pensamento e imaginação.










                                       
REFERÊNCIAS

MELLO,SuelyAmaral.https://www.youtube.com/watch?time_continue=384&v=Av4I18c2OFk>. Acesso em: 23 jun. 19



                                        JULHO / 2019
Projeto “Vida de Inseto”

Observamos que algumas crianças da nossa turma, desde o início do ano demonstravam interesse por animais, particularmente por insetos e bichinhos de jardim (aranha, barata, mosca, joaninha, pernilongo, formiga, borboleta, entre outros). Pensando no interesse delas, elaboramos um projeto com essa temática e nomeamos por “Vida de inseto”. 


Já realizamos algumas etapas deste projeto, roda de conversa com o recurso da caixa surpresa com alguns insetos, bichinho de jardim de borracha, roda de conversa com imagens, colagem coletiva de cartaz com imagens, observação de insetos ou bichinhos de jardim trazidos para esse fim, culinária, passeio para estudo do meio, etc.  
As crianças e seus familiares estão participando ativamente do projeto, principalmente quando solicitamos as famílias na segunda reunião com pais que elas enviassem para escola insetos ou bichinhos de jardim que encontrassem em suas casas ou em algum passeio. O bichinho poderia ser enviado para escola dentro de um recipiente de vidro, para que as crianças pudessem observar e conversar sobre o que viam.
              

  O Gustavo e sua família trouxeram uma abelha, fizemos uma roda de apreciação, as crianças ficaram curiosas e interessadas, algumas crianças falaram que a abelha picava, Pilar lembrou-se do mosquito da dengue, Miguel falou do pernilongo. Ficaram bem interessados na abelha, comentaram sobre as patas, as asas e o que chamou mais atenção foram as antenas, o tamanho dos olhos, e o corpo cheio de listrinhas.
Começam deste modo, as primeiras atividades de pesquisa que dão, por sua vez, resultados imprevisíveis, mas que constroem na criança a necessária confiança nas próprias capacidades de entender e de achar explicações.
                         Campos de experiências na escola da infância: contribuições italianas para               inventar um currículo de educação infantil brasileiro/ Daniela Finco, Maria                                                                                                        Carmem S. Barbosa, Ana Lúcia Goulart                                                                                                                 (organizadoras). Campinas, SP, Pág. 64.

            Falamos também que a abelha é um inseto do “bem”, que ela pica só se for ameaçada, que ela gosta de flores, que ela produz o mel. Conversamos sobre o que elas fazem como elas vivem, onde elas moram, a organização e a função delas dentro da colmeia, a rainha, operária e o zangão.
            O interesse da turma pela abelha possibilitou que explorássemos mais o tema, então, trouxemos para apreciação dos pequenos um pedaço de favo de mel e o mel, com objetivo que eles conhecessem e experimentassem um alimento tão bom, com tantos benefícios, produzido por um inseto, um bichinho da natureza.

           


As educadoras começaram experimentando, para incentivá-las e depois foi vez das crianças. Elas sentiram o cheiro do mel e puderam experimentar. Algumas crianças experimentaram o favo, outras aceitaram apenas o mel e outras não quiseram provar, só sentir o cheirinho. Cada um participou como se sentiu a vontade.

            Perguntamos para quem experimentou se eles haviam gostado e disseram que sim. Isabelle, José, Elisa, Miguel Augusto, Julia e Robert, até pediram repetição.
            Miguel Augusto estava ansioso para provar, dizia:
            — Eu quero Katy! Eu quero!
            Olhando para as imagens dos diferentes tipos de abelhas ele também falou:
            — Isso não é um mosquito! É uma abelha, que pica e tem asas!
            Robert disse:
            — Ela pica né?! Cuidado!


           
Dando continuidade ao projeto, outra experiência realizada com a turma foi a culinária do pão de mel, conversamos sobre a receita, falamos dos ingredientes e principalmente sobre mel, escrevemos a receita em um cartaz, lavamos as mãos, colocamos as toquinhas, nos reunimos e começamos.
         Todos participaram do preparo do pão de mel do início ao fim, conversaram sobre os ingredientes que visualizavam sobre a mesa, adicionaram os ingredientes, mexeram a mistura.
            
Quando colocamos o mel Robert, Isaque e Miguel Augusto iam falando:
            — Hum... Que delícia esse mel!
            Quando adicionamos o fermento, a mistura começou a borbulhar e aumentar um pouco de volume, a Pilar observando disse:
            — Olha está crescendo!
            Ao colocarmos o bicarbonato a Valentina falou:
            —É sal?!
            A Alice misturando o pão de mel dava gargalhadas, apreciando participar do processo. Colocamos no forno, ficou muito bonito, apesar de não ter leite e nem ovos, pois fizemos a receita de acordo com as restrições alimentares das crianças ele cresceu bastante.
           

Fizemos a degustação no momento do café da manhã. Uns comeram mais, outros só experimentaram. Robert também gostou muito! Comeu primeiro o pão de mel e depois o pãozinho servido no café da manhã.



Temos explorado o Campo de Experiência “Espaço, tempos, quantidades, relações e transformações”, pois um dos seus objetivos é explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo descobertas.

            Para que pudéssemos observar os insetos e bichinhos de jardim fizemos um passeio ao parque e quadra próximos à escola. As crianças levaram lupas e lanternas, a fim de observar, explorar o espaço e procurarmos os bichinhos de jardim e alguns insetos que poderiam aparecer por lá. Foi um passeio tranquilo, na ida foram observando a rua, os carros, os cachorros, tudo a volta. Chegamos lá e eles já quiseram correr, andar, explorar o espaço, uns já pediram as lupas e as lanternas, outros foram direto brincar no escorregador, gira-gira, correr pela quadra.
            Não demorou muito e eles já estavam observando o chão, a grama com as lupas e as lanternas. Logo encontraram um caminho de formigas. Depois colocaram as lanternas no tronco da árvore aonde tinha buracos mais escuros, encontraram formigas. Também vimos borboleta, mosca e tatu bola. A Pilar queria muito encontrar uma “joanina” (joaninha), mas infelizmente procuramos e não encontramos nenhuma. Quem sabe da próxima vez não é?!
            Dando sequencia a atividade ainda fizemos uma roda de apreciação das fotos do passeio com o uso do aparelho de Data Show, as crianças adoraram se ver nas fotos, conversaram, deram risada, relembrando com alegria os momentos vividos naquele dia.


 




Nosso projeto está se desenvolvendo bem, as etapas estão sendo desenvolvidas de acordo com o interesse das crianças. Elas estão formulando hipóteses, questões, fazendo pesquisas, buscando respostas, expressando suas opiniões, relacionando seus conhecimentos e ideias a contextos mais amplos, construindo conhecimentos mais elaborados sobre o tema.









AGOSTO\2019

Exploração do elemento da natureza (AR)

Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.

Eu e outro nós.

Traços, sons, cores e formas.

Escuta, fala pensamentos e imaginação.

Corpo, gestos e movimentos.

Além da continuidade do nosso projeto vida de inseto, estamos trabalhando paralelamente com atividades sequenciadas, que de algum modo estão relacionadas ao tema. Por meio da observação diária, temos notado a necessidade de introduzirmos os elementos da natureza nas nossas conversas, buscando facilitar a compreensão das crianças de como esses elementos interferem na vida dos seres vivos do planeta, inclusive na existência dos insetos e bichinhos de jardim.
Matheus observando uma pipa
Durante a nossa segunda reunião com pais, falamos sobre o nosso projeto e como poderiam contribuir para que o projeto se tornasse cada vez mais rico. As famílias estão enviando insetos para realizarmos a observação com a turma, lembrando que após a investigação nós o soltamos novamente na natureza. Como os insetos vem dentro de potes de vidro, às famílias costumam abrir furinhos na tampa para a passagem do ar e em algumas situações as crianças perguntaram o porquê daqueles furos.


Empinando pipas- Faz de conta
Durante as brincadeiras no parque solário, também percebemos indícios dessa curiosidade deles em relação ao tema. Quando surgem pipas no campo de divisão, eles costumam ficar fascinados. Em algumas ocasiões eles sobem na mureta e brincam de faz de conta, fazendo gestos como se estivessem empinando pipa.
O Matheus costuma dizer:
-“Deia, olha aqui, estou na minha laje!
Eles apreciam muito brincar com bolinhas de sabão, questionam porque o cabelo do colega está balançando em dias de vento. Sendo assim, começamos a investir um pouco mais em situações que os ajude na percepção em relação ao ar presente em nosso cotidiano. Antes usávamos a brincadeira com bolinha de sabão com o grupo, buscando incentivá-los a praticar o ato de soprar, pois algumas crianças demonstravam insegurança para soprar os alimentos que julgavam estar quente, antes de colocá-los na boca.
Sabemos que através do ato de soprar e sentir o cheiro, as crianças entram em contato direto com o ar, por isso, nos últimos dias, estamos incentivando a prática do ato de inspirar e expirar. Para tornar o mais concreto possível, trabalhamos com a música “Florzinha do meu Jardim” e trouxemos a imagem do jasmim e a essência para que eles sentissem o aroma.
 

Estamos buscando aos poucos introduzir em nossa rotina, a prática de respiração correta, para exemplificar, na hora de inspirar digo para eles fazer de conta que estão cheirando uma flor, na expiração falo para soprar a vela do bolo de aniversário.
Como pretendíamos fazer uma vivência com o ato de soprar, realizamos uma roda de conversa antes da brincadeira. Quando questionados sobre o que sai de dentro de nós quando sopramos, vieram algumas respostas engraçadas:
- “Coisa” (José Antônio)
- “Baba” (Robert)
 -“Ventinho” (Pilar)
Em seguida explicamos que o nome dado ao que sai de dentro de nós quando sopramos chama-se ar. Na ocasião explicamos que o ar faz a pipa voar no céu, o ar que sai de dentro de nós enche a bexiga, que faz nosso cabelo balançar, faz o cata-vento girar, faz as folhas das árvores balançarem e até cair, que seca a roupa no varal etc. Para ilustrar essas informações usamos o vídeo “O Diário de Mika - O Vento é o Ar com muita pressa”.


Para nossa vivência, confeccionamos um brinquedo com garrafinhas pet recortadas, dentro delas foram colocadas pérolas de isopor e cravos. Lacramos com tule, o que permite a passagem do ar, sem derramar o conteúdo. Quando eles sopravam, as bolinhas flutuavam e vinha no ar o cheiro de cravo. Quando eles notaram a presença do cravo foram logo emitindo os seguintes comentários:
-“Tem galho de árvore?” (Julia).
-“É da árvore?” (Robert).
-“Galho da árvore?” (Pilar).
            Nesse momento a Andreia explicou o que era e que servia para colocar em doces e fazer chá, como hoje foi servido arroz doce a educadora complementou:
-“Pode colocar no arroz doce, igual ao que vocês acabaram de comer no lanche!”.
-“Eu vou falar pra minha mãe, que tenho um cavo da íngua!”.  Eu vou falar pá minha mãe!  (Julia)
–“Eu vou falar para o meu pai!” (Isaque Augusto).
Mesmo com a explicação eles insistiam em falar sobre o galho de árvore.
Em um dado momento o Robert perguntou:
-Prô Selma, isso não é comida?
Explicamos que o cravo era comestível, mas o isopor não. Na ocasião percebemos que ele estava sentindo a necessidade de experimentar o sabor do cravo, sendo assim o nosso próximo passo é promover uma vivência na qual além de sentir o cheiro eles possam degustar o cravo.
Observamos ainda que o Robert estava atribuindo ao seu sopro à possibilidade de ser forte fisicamente, pois quanto mais forte ele conseguia soprar, mais repetia: “Eu sou forte!”.
                                         


De acordo com a pesquisadora e educadora Maria Amélia Pereira, (Centro de Estudos Casa Redonda) “brincar com os elementos da natureza é fundamentalmente criar raízes com a Terra, é vincular-se à natureza compartilhando de um acolhimento mútuo, vivido entre dois entes misteriosos – O Homem e o Universo”.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Centro de Estudos Casa Redonda Brincando com elementos da Natureza. https://vimeo.com/209260267
Vídeos com a música Florzinha do meu jardim em duas versões.
Disponível: https://youtu.be/6lWnf0KS_kA. >Acesso em: 26 Ago.19
Disponível: https://youtu.be/9NBmWo9jI6g. > Acesso em: 26 Ago.19

Disponível: O Diário de Mika - O Vento é o Ar com muita Pressa https://youtu.be/ewlgkpiC_zE> Acesso em: 26 Ago.19



SETEMBRO


Era uma vez...
Histórias, poemas, conversas e muita imaginação!

Durante todo o ano na nossa turma, experiências com leitura foram planejadas e promovidas para os pequenos, idas a biblioteca da escola, rodas de história, teatro de sombras, histórias com fantoches e objetos, exploração de livros com temas diversos, gibis, panfletos, entre outros portadores, projeto Biblioteca Circulante.
            




Depois de finalizado os momentos da história, são disponibilizados vários exemplares de livros, para que as crianças escolham, explorem, troquem entre elas, conversem, apreciem. Nesse momento observamos que elas se já organizam em duplas ou grupinhos, contam a história para o amigo, recontam as conhecidas por elas, apontam as imagens, elaboram hipóteses, falam, desenvolvem a linguagem e o gosto pela leitura.
            




Também planejamos cantinhos para leitura, no momento do Acolhimento (na entrada), nas Diversificada, entre outras situações. Nesses momentos podemos observar que sempre tem se formado “rodas espontâneas”, formada por pequenos grupinhos. Vai chegando um, depois outro, e quando percebemos temos uma roda ali, formada pelas crianças, apreciando, conversando, trocando as impressões e sentimentos sobre as histórias. Seja conduzida por um educador ou pelas próprias crianças.
             
           








            Exploramos esse mês com turma o gênero poema, realizamos a leitura em voz alta tendo como recurso cartazes que produzimos com cada poema, foto do autor e algumas ilustrações. Os poemas foram: As Borboletas e A foca, de Vinicius de Moraes, Pontinho de vista de Pedro Bandeira, A lua foi ao cinema de Paulo Leminski e A centopeia de Marina Colasanti.Muitas hipóteses foram levantadas pelos pequenos no decorrer da semana dos poemas, isso nos mostra o quanto a oralidade, conhecimento de mundo, capacidade de se expressar em grupo, tem se desenvolvido a cada dia. Observamos pelas falas o quanto os pequenos têm relacionado suas experiências aqui na escola com as suas vivências extraescolares. Transcrevemos as falas dos pequenos sobre os poemas, foram muitas e cada uma mais interessante que a outra:



  
---- Olha a escuridão! (Isabelle)
            ---- Eu vi a foca no aquário! (Pilar)
            ---- A foca parece um “camugu” (canguru) (Robert)
            ---- Eu como peixe! (Isaque), relacionando com a sardinha, alimento da foca.
            ---- O peixe tem espinho. (Matheus)
            ---- Escuridão é sem luz! (Julia)
            ---- Essa borboleta queimou! (Isabelle)
            ---- Esses dois são do Vinicius. (Miguel Augusto), apontando a foto do autor Vinicius de Moraes nos cartazes pendurados na sala
            ---- A foca está com frio! (José Antonio)
            ---- Qual o tamanho dela? (José Antonio)
            ---- Acho que centopeia é uma moça! (Robert)
            ---- A cabeça dela é muito pequenininha. (Robert)
            ---- Ela é muito bonitinha! (Robert)
            ---- Ela parece lagarta. (Robert)
            ---- É uma cobra? (José Antonio)
            ---- Ela tem rabo? (Valentina)
            ---- Ai! Ela vai morder o meu dedo! (Pilar)
            ---- A formiga carrega a folha com toda a pata dela. (Julia)
            ---- A formiguinha entrou no meu chinelo. (Pilar)
            ---- Eu fui no cinema no aquário, eu vi a moreia e ela jogou água no brinquedão. Lá tinha um cinema que a cadeira balançava! (Pilar)
            ---- Eu fui assistir Toy Story. (Miguel Augusto), (Lucas) e (Pilar)
            ---- A estrela está brilhando! (Robert)
           
            Temos proporcionado às crianças experiências no campo “Escuta, fala, pensamento e imaginação”, promovendo experiências nas quais as crianças possam falar e ouvir, potencializando sua participação na cultura oral, pois é na escuta de histórias, na participação em conversas, nas descrições, nas narrativas elaboradas individualmente ou em grupo e nas implicações com as múltiplas linguagens que a criança se constitui ativamente como sujeito singular e pertencente a um grupo social.
            As experiências com a literatura infantil, propostas pelo educador, mediador entre os textos e as crianças, contribuem para o desenvolvimento do gosto pela leitura, do estímulo à imaginação e da ampliação do conhecimento de mundo.
Trecho adaptado do documento Base Nacional Comum Curricular


Quando lemos regularmente conseguimos observar os modelos de comportamento leitor que estamos favorecendo as crianças, aos poucos desenvolvem postura de leitores, apoiam os livros sobre o colo, folheiam uma página de cada vez, cuidam do livro, apontam as figuras, passam os dedinhos sobre a escrita, se interessam para ver a foto do autor e ilustrador da história. Alguns já conseguem narrar o que vem no começo, o desenvolvimento e fim da história.

É importante ressaltar que muitos aspectos são desenvolvidos com experiências em leitura:     
Ø  Aspectos cognitivos: desenvolvimento da linguagem oral e progressivamente a escrita, aumento de vocabulário, criatividade, imaginação, relações temporais, apropriação da linguagem, outras culturas e pensar em voz alta;
Ø  Aspectos emocionais: memórias positivas, visão de mundo, enfrentamento de emoções, compreensão da própria história, identificação e empatia, experiência emocional.
            As rodas de história são atividades permanentes na nossa sala, elas garantem a oportunidade de as crianças conhecerem e ampliarem o repertório oral, textual e literário. Assegura que as crianças conheçam os diferentes gêneros: contos de fadas, fábulas, poemas, histórias de medo, poesias e parlendas. As ilustrações dos livros também despertam a imaginação e enriquecem o repertório imagético dos pequenos. 





  OUTUBRO




























“Afinal, só cuidamos e conservamos aquilo que amamos. A infância é um período da vida ímpar para que possamos desenvolver esse vínculo tão essencial para a sobrevivência da espécie humana e também da Terra” (Children & Nature Network, 2019).
https://www.childrenandnature.org/wp-content/uploads/NaturePlayInfographic.pdf





NOVEMBRO


Experiências com argila


Vivenciamos no decorrer do ano muitas experiências com argila, por ser um material maleável, ela permite a exploração tátil para a estruturação de várias formas. É um excelente recurso para desenvolver a percepção, coordenação motora fina, criatividade e imaginação.




Amassa, aperta, molha, amolece, desliza, esfrega, belisca, bate, fura, achata, espeta, modela, risca, separa, une, enrola, concentra, constrói, cria, recria, transforma, pensa, observa, planeja, constrói, representa, produz.
























A princesa e seu sapo de argila




A pequena Pilar olhando para seu suporte com argila, segurou o riscante e disse:
- Vou fazer um sapo!
Dentro do corpo do sapo fez vários furinhos, um ao lado do outro, nesse momento disse:
-Eu gosto de furar e de apertar a argila!


Depois do sapo desenhado, a pequena destaca do suporte um pedacinho de argila e fala:
-Vou fazer a língua do sapo.
Com seus pequeninos e habilidosos dedinhos ela manuseia o material, fazendo movimentos de vai e volta, depois aperta, dando forma à língua do seu amigo sapo. Quando finaliza a modelagem, cola a língua no sapo e completa:
- Pronto agora ele já tem uma língua!




DEZEMBRO


















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