Infantil II A






MAIO / 2019

Brincadeira Simbólica (Casinha e Salão de Beleza) e Interação com a turma do Infantil I-A


A proposta de Simbólica foi organizada na sala, com os materiais em cantinhos, em um deles colocamos duas mesas com panelinhas, fogões, pratos, talheres, copos e alguns materiais heurísticos “sucata”, encostado na parede montamos dois sofás utilizando colchões, onde foram dispostas as “Barbies”, e o Kit salão de beleza (pente, escova, secador, chapinha, bobes, potes de shampoo e creme, borrifador) e paninhos.
Nessa proposta enfatizamos os Campos de Experiências “O eu, o outro e nós” e “Escuta, fala, pensamento e imaginação” tendo por objetivo a interação com outras faixas etárias, expressar-se, conhecer a si e ao outro, resolver conflitos, explorar o ambiente no qual está inserida, além de ampliar seu vocabulário, dar nome aos objetos, fazer uso de expressões do dia a dia, conversar com outras crianças e com os brinquedos, estabelecendo relações entre as brincadeiras simbólicas (jogos de faz de conta) e outras formas de linguagem, inclusive, resolvendo situações conflituosas e desafios que surgem nestes momentos, como dividir brinquedos, estabelecer papéis em uma brincadeira,  construir um novo brinquedo, entre outras situações.







 Segundo a BNCC, a Educação Infantil precisa promover as experiências nas quais as crianças possam fazer observações, manipular objetos, investigar e explorar seu entorno, levantar hipóteses e consultar fontes de informações para buscar respostas as suas curiosidades e indagações. Assim, a instituição escolar está criando oportunidades para que as crianças ampliem seus conhecimentos do mundo físico e sócio cultural e possam utilizá-los em seu cotidiano (BRASIL, 2017, p.41).

Após a organização do espaço a turminha do Infantil II-A juntamente com o Infantil I-A, foram direcionados à sala, onde ao chegar demonstraram-se surpresos e logo começaram a explorar o ambiente, interagindo uns com os outros.
Cada criança escolheu um espaço, sendo que alguns deram preferência por sentar e brincar de fazer comidinhas e outros se direcionaram aos colchões e começaram a mexer nos cabelos, pentear as bonecas, secar o cabelo com secador.







No decorrer da brincadeira a Lívia comentou:
— Julia você viu que surpresa legal? — Julia olhou para mesma balançando a cabeça de forma positiva. E logo depois disse:
— Vem brincar com a Juju.
Em outro momento o Arthur Ferreira sentou no tapete, pegou o fogão e logo após começou a fazer comidinha e brincar junto com o Lucas da turma do Infantil I-A. Durante a brincadeira o Arthur Ferreira comentou:
— Dani fiz comida? Você quer? — Logo após pegou a colher e simbolizava que estava nos servindo, finalizando com um questionamento:
— Está gostoso?


 Durante a brincadeira as crianças interagiram um com os outros e ao mesmo tempo em que brincavam, demonstravam cuidado com os menores e sempre os envolviam em suas brincadeiras.
Em todos os momentos a turminha além de estabelecer relações está começando a representar papéis, além de criar suas próprias brincadeiras, em outros casos além das crianças também envolviam os adultos em suas brincadeiras, pedindo para pentear ou secar nossos cabelos ou até mesmo nos servindo.
Segundo Kishimoto a criança não nasce sabendo brincar, ela precisa aprender, por meio das interações com outras crianças e com os adultos. Ela descobre, em contato com objetos e brinquedos, certas formas de uso desses materiais. Observando outras crianças e as intervenções da professora, ela aprende novas brincadeiras e suas regras. Depois que aprende, pode reproduzir ou recriar novas brincadeiras (KISHIMOTO, 2010, p.1).                                                                   
A intervenção das educadoras foi realizada desde o primeiro momento, na escolha dos materiais que ocorreu de acordo com o interesse das turmas, organização dos espaços de forma que o grupo vivencia-se novas experiências, além da observação e escuta atenta a todas as ações das crianças.

REFERÊNCIAS

KISHIMOTO, T. M. Brinquedos e brincadeiras na educação infantil. Anais do I Seminário Nacional: Currículo Em Movimento – Perspectivas Atuais Belo Horizonte, novembro de 2010.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular – BNCC Versão Final. Brasília, DF, 2017.


JUNHO / 2019


Brinquedos de montar de madeira
 Segundo a BNCC, a criança precisa explorar objetos de diversos materiais: de borracha, madeira, metal, papel e outros, demonstrando curiosidade. Também se faz necessário construir e participar de jogos de montar, empilhar e encaixar para desenvolver a motricidade. Sendo assim, montamos dois postos diferentes com brinquedos de encaixe, uma mesa com quebra cabeça e a outra com encaixes.
Algumas crianças precisaram dividir o quebra cabeça e foi muito boa a experiência. A concentração reinou no espaço utilizado, o ateliê. Todos envolvidos em suas experiências e descobertas. As mesas e cadeiras ajudaram na organização dos materiais. A auxiliar Rose, ficou ajudando em uma mesa e a professora Anita em outra. Depois de 15 minutos as crianças trocaram de mesas para vivenciar todos os materiais expostos.  No primeiro momento mostramos o quebra cabeça montado e desmontamos na frente deles, retirando somente um pouco do lugar, mesmo assim, tiveram um pouco de dificuldade. Com a ajuda da Rose conseguiram montar e desmontar várias vezes, com expressões de satisfação do objetivo cumprido.
Os brinquedos de encaixe chamaram menos a atenção, no entanto, no início a concentração foi unânime. Os olhos de investigadores revirando os objetos para descobrir o que aquilo poderia fazer é impagável. Intervimos somente quando percebemos que a dificuldade estava deixando-os irritados e começaram a se dispersar. Quando mostramos como encaixar os botões nas peças retomaram a brincadeira e só pararam quando chegou o momento de trocar de atividade.
Essa paciência de espera, para que eles consigam descobrir por si só é muito importante. Geralmente o nosso instinto é de sair fazendo tudo por eles, mas, o aprendizado mais significativo é no momento que eles descobrem algo por conta própria, sendo assim, questionamos o tempo inteiro.
— Qual peça será que precisamos encaixar para formar um desenho? (Anita)
— Essa! — disse o Benjamin, mostrando com as mãos.
— Será que é desse lado? (Anita)
— Sim, vou pegar outra! — Disse Arthur Ferreira, desistindo da peça em suas mãos e indo em busca de outra para uma nova tentativa.
  Na educação infantil o interesse das crianças é essencial para o nosso planejamento. Portanto, essa atividade terá continuidade, pois, nossa turminha adorou os brinquedos de encaixe e o desenvolvimento dos pequenos por meio dessa atividade é surpreendente.     























JULHO/2019

Massa caseira de farinha de trigo

A proposta foi organizada no solário, dispondo os materiais e ingredientes em cima da mesa, a mesma ficou no meio do espaço pare facilitar a circulação das crianças, tal como a observação e manuseio dos ingredientes. Na mesa colocamos a farinha de trigo, óleo, vinagre, corante, água e alguns utensílios como uma caneca, utilizada para medir os ingredientes, bacia e um pequeno pote com a água.    
Após a organização do espaço, conversamos com as crianças a respeito da proposta que seria realizada, a princípio mencionei que teríamos uma surpresa, despertando a curiosidade dos mesmos e tornando o momento mais atrativo. Logo após apresentei a receita com imagens para que as crianças pudessem conhecer e se apropriar dos ingredientes.
*Massa Caseira de Farinha de Trigo
- Ingredientes:
* 2 copos de farinha de trigo;
*1/2 copo de água;
* 2 dedos de óleo de cozinha;
* 2 dedos de vinagre;
* Corante alimentício;
Nessa proposta enfatizamos o Campo de Experiência “Traços, sons, cores e formas tendo por objetivos:
- Expressar-se livremente por meio da modelagem, criando produções bidimensionais e tridimensionais; 
- Utilizar as diferentes modalidades da linguagem visual e plástica – modelagem e construção realizando as suas próprias produções, de acordo com suas escolhas; 
- Criar e experimentar as diversas linguagens e formas expressivas, além das vivências artísticas e ampliação de repertório cultural e artístico.
Segundo a BNCC, conviver com diferentes manifestações artísticas, culturais e científicas, locais e universais, no cotidiano da instituição escolar, possibilita às crianças, por meio de experiências diversificadas, vivenciar diversas formas de expressão e linguagens, como as artes visuais (pintura, modelagem, colagem, fotografia etc.), a música, o teatro, a dança e o audiovisual, entre outras. Com base nessas experiências, elas se expressam por várias linguagens, criando suas próprias produções artísticas ou culturais, exercitando a autoria (coletiva e individual) com sons, traços, gestos, danças, mímicas, encenações, canções, desenhos, modelagens, manipulação de diversos materiais e de recursos tecnológicos. Essas experiências contribuem para que, desde muito pequenas, as crianças desenvolvam senso estético e crítico, o conhecimento de si mesmas, dos outros e da realidade que as cerca. Portanto, a Educação Infantil precisa promover a participação das crianças em tempos e espaços para a produção, manifestação e apreciação artística, de modo a favorecer o desenvolvimento da sensibilidade, da criatividade e da expressão pessoal das crianças, permitindo que se apropriem e reconfigurem, permanentemente, a cultura e potencializem suas singularidades, ao ampliar repertórios e interpretar suas experiências e vivências artísticas.



Após a organização do espaço a turminha do Infantil II-A, foi direcionada para o solário, onde ao chegar organizaram-se ao redor da mesa enquanto mostrávamos os ingredientes e aos poucos solicitávamos a participação deles para colocar os mesmos na bacia.


A cada passo as crianças observavam toda a transformação demonstrando a curiosidade e empolgação. Logo após mexemos a massa até que a mesma ficasse na consistência de uma massa de modelar industrializada. Para finalizar a turma escolheu a cor do corante, que no caso foi vermelho e logo após cada criança manuseou a massa para que pudessem sentir como havia ficado.
Nos direcionamos para o ateliê onde cada criança recebeu um pedaço de massinha, com rolinhos de madeira e uma rolha, material que foi escolhido por eles.
Ao manusear a massinha caseira as crianças são desafiadas a achatar, enrolar, amolecer, separar e unir as partes, experimentar tamanhos, proporções, realizando suas próprias produções.
A turminha realiza tentativas, faz movimentos variados e experimenta novas sensações que tem sido estimuladas através das propostas para que os mesmos comecem a realizar suas próprias produções, associando-as a pessoas, animais, objetos, cenários, entre outros.
Durante a proposta a Lívia comentou:
- Que divertida essa atividade.
- A massinha ficou igual à cor da Peppa Pig.

REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular – BNCC Versão Final. Brasília, DF, 2017.


AGOSTO

COLA, TESOURA E AUTONOMIA PARA PRODUÇÕES CRIATIVAS

Segundo Barreto (2000), “O processo de aquisição da linguagem escrita da criança não inicia na alfabetização, a criança, deve ser estimulada a realizar atividades que envolvam movimentos de mãos e dedos de forma que futuramente ela tenha melhor habilidade para utilizar lápis, canetas, realizar desenhos entre outros. O desenvolvimento psicomotor é de suma importância na prevenção de problemas da aprendizagem e na reeducação do tônus, da postura, da lateralidade e do ritmo”.
Uma boa conversa antes de utilizar a tesoura é muito importante. Todas as vezes que usar a tesoura com os pequenos perguntar: Para que serve a tesoura? O que vamos cortar hoje? Pode cortar o cabelo? Pode cortar o amigo ou o nosso corpo? Questioná-los para que a tesoura serve, e o que podemos cortar com ela é fundamental.

Sendo assim, na roda de conversa em sala, explicamos que iriamos aprender a utilizar a tesoura, que é um instrumento perigoso, pois pode cortar o dedo e não queremos nos machucar e nem machucar o amigo. Falamos também que a tesoura é para cortar o papel e só podemos usar se um adulto estiver nos ajudando.


Entregamos uma folha Collor Set (por ser um pouco mais durinha) para cada criança. No entanto, alguns com muita facilidade foram logo recortando o papel, outros precisaram de ajuda para conseguir encaixar os dedos na tesoura, mas logo todos conseguiram cortar as pontinhas da folha.














Na roda de conversa também falamos sobre a utilização da cola e como uma gotinha já faz uma ótima colagem, demostrando como deveria ser feito para grudar o papel.
            Na mesa foi distribuído uma cola para cada criança e papeis cortados em tamanhos pequenos. Alguns tiveram dificuldades em apertar a cola, outros em deixar o papel secar e até mesmo preferiam grudar e desgrudar várias vezes, o que é normal para esta faixa etária.

























Essa atividade além de ajudar na coordenação motora fina, trouxe como objetivo o percurso criador que será iniciado na próxima semana com materiais secos. Acreditamos que essas propostas irão trazer mais confiança para o uso de diversos materiais, além de incentivar a autonomia e criatividade das crianças.



Percurso Criador

As mesas foram dispostas lado a lado e as cadeiras retiradas para  melhor circulação das crianças, os materiais foram colocados em uma bancada separados por(lápis de cor, canetinha, giz de cera, giz de lousa) e as folhas foram diversas,como:cartolina, Collor set, laminado, papelão, sulfite, dobradura.

As crianças estão vivenciando neste momento algumas explorações apresentadas durante o ano dentre elas as diversas possibilidades em artes , a interação com o outro, a divisão dos espaços e materiais. O manuseio de cola e tesoura vamos deixar para o próximo percurso criador.

Na roda de conversa explicamos como estaria o cenário no ateliê e como seria a disposição das mesas e dos materiais.Explicamos que não  seria necessário pegar vários lápis de uma vez, pois eles poderiam voltar e trocar de cor quantas vezes achassem necessário. As folhas foram expostas de vários tamanhos, gramaturas e texturas diversas. Cada criança escolheu a sua folha sem mediação do adulto.

As canetinhas, lápis, giz de cera e giz de lousa foram separados por cores em potes unitários.
No primeiro momento as crianças estavam bem ansiosas em buscar o que lhes interessavam, não colocamos lugar fixo, nem nomeamos onde deveriam ficar.  Algumas crianças preferiram levar a folha consigo todas as vezes que buscava uma nova cor, outras deixavam a folha na mesa sem nenhuma preocupação.

Na dúvida do que pegar, as 
crianças demoravam um pouco a mais para escolher, precisei repetir diversas vezes que precisavam voltar para a mesa com uma cor e continuar o desenho. Mas, logo entenderam a comanda e continuamos a atividade com muita tranquilidade.

Adoramos como tudo aconteceu e acredito que mais uma experiência com materiais secos seja o suficiente para introduzir, tintas, cola e argila. Experiência bem agradável e rica em significados e descobertas.

 















       SETEMBRO

Brincando com Capucheta

Nessa proposta enfatizaremos os Campos de Experiências “O eu, o outro e nós” e corpo, gestos e movimentos, tendo por objetivo conhecer e resgatar a cultura lúdica nas diversas brincadeiras tradicionais que foram esquecidas até o momento e que perpassam as gerações.
Segundo a BNCC, a Educação Infantil precisa promover as experiências nas quais as crianças possam fazer observações, manipular objetos, investigar e explorar seu entorno, levantar hipóteses e consultar fontes de informações para buscar respostas as suas curiosidades e indagações. Assim, a instituição escolar está criando oportunidades para que as crianças ampliem seus conhecimentos do mundo físico e sócio cultural e possam utilizá-los em seu cotidiano (BRASIL, 2017, p.41).
Antecedendo a brincadeira fizemos uma roda de conversa e apreciação, onde foi possível instigar a curiosidade da turma, ouvindo alguns comentários juntamente com gestos de entusiasmo e expressão de surpresa. A capucheta foi confeccionada junto com a turma, utilizando barbante, folhas de sulfite e papel espelho de cores variadas.
Ao finalizar a confecção nos direcionamos para rampa, para que as crianças pudessem observar, manusear e explorar a capucheta. Além de demonstrar entusiasmo, criavam estratégias a toda o momento, subindo, descendo e correndo por diversas vezes com suas capuchetas, encantando-se quando as visualizavam no alto.
 Nessa proposta fizemos uma integração com o infantil I-A, onde as crianças puderam além de apreciar, compartilhar e interagir com os outros e ao mesmo tempo em que brincavam, demonstravam cuidado com os menores envolvendo-os em suas brincadeiras.
Segundo Kishimoto a criança não nasce sabendo brincar, ela precisa aprender, por meio das interações com outras crianças e com os adultos. Ela descobre, em contato com objetos e brinquedos, certas formas de uso desses materiais. Observando outras crianças e as intervenções da professora, ela aprende novas brincadeiras e suas regras. Depois que aprende, pode reproduzir ou recriar novas brincadeiras (KISHIMOTO, 2010, p.1).                                                                   

A intervenção das educadoras foi realizada desde o primeiro momento, na escolha e confecção dos materiais que ocorreu de acordo com a observação e escuta atenta a todas as ações das crianças, além de propor novas vivências e experiências.







 





REFERÊNCIAS

KISHIMOTO, T. M. Brinquedos e brincadeiras na educação infantil. Anais do I Seminário Nacional: Currículo Em Movimento – Perspectivas Atuais Belo Horizonte, novembro de 2010.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular – BNCC Versão Final. Brasília, DF, 2017.


OUTUBRO

O Brincar Livre – Quantas descobertas e sensações na rua

Ao recordarmos a própria infância, lembramo-nos de brincadeiras muito legais, como: jogos de bolas de gude, queimada, passa anel, amarelinha, pipas, balança caixão, pé de lata, jogos de piões, jogo de taco e os diversos piques e entre outras que hoje algumas crianças ainda desconhecem. Segundo Santos, (2008, p.101) “Quem é que não se lembra, com o coração cheio de saudades, daquele tempo em que as brincadeiras com os colegas eram o que tínhamos de mais importante para fazer.”. Nesse sentido, é brincando que a criança irá construir a sua identidade, ela terá oportunidade de se devolver e aprender, portanto é fundamental que a criança se sinta amada e acolhida na escola, em casa, na sociedade em um ambiente, que lhe ofereça segurança afetiva, para que ela possa evoluir e adquirir autonomia.





Portanto, tentamos elaborar na semana da criança, atividades diferenciadas para nossos pequenos e fechamos a semana com as brincadeiras na rua. A tarde foi muito divertida, as crianças se dividiram entre bolas, bambolê, motoca e bolinhas de sabão.
Os sorrisos e expressões foram compensadores, pois, foi uma semana bem trabalhosa e com muitas dúvidas se acalcaríamos os nossos objetivos.  Vou deixar registrado aqui um pouco que consegui observar de algumas crianças, o espaço era considerável, não sendo possível alcançar a todos.
Entre muitas brincadeiras expostas na rua, Guilherme e Lucca, duas crianças ativas e que gostam de movimento, pararam por um tempo conversando por olhares, instigando um ao outro a olhar para cima. Cada um no seu pensamento, observando provavelmente a árvore que está ali todos os dias, mas não olhamos para ela.

A imagem revela crianças exercendo o seu direito investigativo, crianças observadoras e atentas ao mundo ao seu redor. As possibilidades de construção narrativas são infinitas, pode ser o tamanho da árvore, o vento, pássaros, o céu, a relação entre o prédio e a árvore e etc.
Ficaram um bom tempo admirando algo lá em cima, depois foram dançar com os outros.












Na dança estavam o Arthur Ferreira, Arthur Maruchi, Lucca, Guilherme, Maria Clara e Mariana, ficaram dançando, rodopiando e girando conforme a música e como essa turma gosta de dançar. Na dança desenvolvem a motricidade, equilíbrio além de garantir os direitos de conviver, brincar, participar, expressar e conhecer-se. Mariana, Maria Clara e Arthur Maruchi, dançam, mas, não largam os brinquedos escolhidos, a ansiedade é demostrada quando ficam por pouco tempo na dança, brincam com os objetos e ao mesmo tempo procuram outras coisas interessantes para fazer.

Júlia é uma criança observadora, ficou atenta a tudo que estava acontecendo e com muita cautela interagiu no seu tempo, preferindo ficar próxima dos adultos.

O carrinho puxado pela Andreia (apoio) de nossa escola, divertiram a Maria Clara e a Eloá. As amigas riam enquanto eram conduzidas pela rua.








Mariana, Manuella, Benjamin, Samuel e Marina se divertiram também com bolinhas de sabão ou com o próprio sabão, feito com açúcar e detergente para dar mais consistência as bolhas. O melado grudava nas mãos e braços, fazendo com que essa experiência nova e estranha chamasse a atenção dos pequenos, eles vinham mostrar as mãos sem conseguir explicar o que estavam sentindo, mas, explorando e investigando essas sensações típicas da educação infantil.








As bolas e motocas são sempre muito atrativas para a criançada, e brincar ao ar livre em um espaço que geralmente é proibido para crianças, traz para eles uma sensação boa de liberdade e auto confiança. Muitos adultos tem lembranças afetivas de sair para brincar na rua e com os nossos filhos não precisa ser diferente, com um pouco de imaginação e cuidado, garantir essa cultura brasileira que aos poucos está perdendo espaço para produtos tecnológicos, ambientes reduzidos em casa ou fechados como o shopping é fundamental.
No entanto, a interação com outras crianças o cuidado com o eu, o outro e nós, o desenvolvimento da independência e da auto confiança são geradas por intermédio de propostas como essa.
Sem dúvida é gratificante proporcionar e receber um sorriso gigante de volta. No entanto, se ainda não fez faça essa experiência e se faz, não pare, está no caminho certo para ajudar no desenvolvimento de ser humanos melhores, autônomos e confiantes.

Referências:
SANTOS, J. C. F. dos. Aprendizagem Significativa: modalidades de aprendizagem e o papel do professor. Porto Alegre: Mediação, 2008.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular – BNCC Versão Final. Brasília, DF, 2017.




NOVEMBRO

MÚSICA

A música existe, se faz vigente na vida das pessoas desde muito cedo. Ainda dentro do ventre da mãe, a criança tem seu primeiro contato com os sons, com os batimentos cardíacos e aqueles advindos do próprio corpo.  

Ao nascer, se defronta com outros, ou seja, os sons do mundo que o cerca e aqueles próprios da natureza. Durante seus primeiros anos, por dia e dias ouve a fala dos pais e tudo o que acontece ao seu redor, cresce e percebe que o mundo a sua volta é regido por musicalidade.

A música está nos cânticos de ninar, nas brincadeiras, nos brinquedos sonoros, nas danças, nos costumes e tradições de um povo, nas festas e recordações especiais, tendo um papel primordial na educação das crianças. Além de contribuir para o desenvolvimento psicomotor, sócio afetivo, cognitivo e linguístico, facilitando no processo de aprendizagem.



No entanto, o projeto foi realizado de acordo com as observações e interesses da turma, com o objetivo de trabalhar diferentes linguagens, ampliando as vivências, onde juntos pudemos confeccionar instrumentos com materiais heurísticos, dançar, cantar, interagir com outras turmas nas rodas de música e baladinhas, conhecer ritmos e sons variados por meio dos instrumentos musicais como o teclado, violão, guitarra, bateria, pandeiro, tambor, chocalhos, entre outros.




 


Pietro
Proposta de Simbólica
Casinha


Mariellen
Bandejas de experimentação


Samuel
Proposta de Intersalas
Consultório médico


Marina
Proposta de Simbólica
Casinha


Lucca
Proposta de Simbólica
Casinha


Manuella e Eloá
Proposta de Intersalas
Consultório médico


Massa de modelar
Manuella
- Fiz um robô

Mariana
Proposta jogos de encaixe
Quebra cabeça de madeira









2 comentários:

  1. Demorei a acessar o blog devido a correria do dia a dia, agora q entrei amei, muito bacana acompanhar as atividades das crianças e ver o desenvolvimento deles. Parabéns.

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  2. Fantástico as brincadeiras de rua!!!

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