MAIO / 2019
Brincadeira Simbólica (Casinha e Salão de Beleza) e Interação com a turma do Infantil I-A
A proposta de Simbólica foi organizada
na sala, com os materiais em cantinhos, em um deles colocamos duas mesas com
panelinhas, fogões, pratos, talheres, copos e alguns materiais heurísticos
“sucata”, encostado na parede montamos dois sofás utilizando colchões, onde
foram dispostas as “Barbies”, e o Kit salão de beleza (pente, escova, secador,
chapinha, bobes, potes de shampoo e creme, borrifador) e paninhos.
Nessa proposta enfatizamos os Campos de
Experiências “O eu, o outro e nós” e “Escuta, fala, pensamento e imaginação”
tendo por objetivo a interação com outras faixas etárias, expressar-se,
conhecer a si e ao outro, resolver conflitos, explorar o ambiente no qual está
inserida, além de ampliar seu vocabulário, dar nome aos objetos, fazer uso de expressões do dia a
dia, conversar com outras crianças e com os brinquedos, estabelecendo relações
entre as brincadeiras simbólicas (jogos de faz de conta) e outras formas de
linguagem, inclusive, resolvendo situações conflituosas e desafios que surgem
nestes momentos, como dividir brinquedos, estabelecer papéis em uma
brincadeira, construir um novo brinquedo, entre outras situações.
Após a organização do espaço a turminha do Infantil II-A
juntamente com o Infantil I-A, foram direcionados à sala, onde ao chegar demonstraram-se
surpresos e logo começaram a explorar o ambiente, interagindo uns com os
outros.
Cada criança escolheu um espaço, sendo que alguns deram
preferência por sentar e brincar de fazer comidinhas e outros se direcionaram
aos colchões e começaram a mexer nos cabelos, pentear as bonecas, secar o
cabelo com secador.
No decorrer da brincadeira a Lívia comentou:
— Julia você viu que surpresa legal? — Julia olhou para mesma
balançando a cabeça de forma positiva. E logo depois disse:
— Vem brincar com a Juju.
Em outro momento o Arthur Ferreira sentou no tapete, pegou o
fogão e logo após começou a fazer comidinha e brincar junto com o Lucas da
turma do Infantil I-A. Durante a brincadeira o Arthur Ferreira comentou:
— Dani fiz comida? Você quer? — Logo após pegou a colher e
simbolizava que estava nos servindo, finalizando com um questionamento:
— Está gostoso?
Em todos os momentos a turminha além de estabelecer relações
está começando a representar papéis, além de criar suas próprias brincadeiras,
em outros casos além das crianças também envolviam os adultos em suas
brincadeiras, pedindo para pentear ou secar nossos cabelos ou até mesmo nos
servindo.
Segundo Kishimoto a criança não nasce sabendo brincar, ela
precisa aprender, por meio das interações com outras crianças e com os adultos.
Ela descobre, em contato com objetos e brinquedos, certas formas de uso desses
materiais. Observando outras crianças e as intervenções da professora, ela aprende
novas brincadeiras e suas regras. Depois que aprende, pode reproduzir ou
recriar novas brincadeiras (KISHIMOTO, 2010, p.1).
A intervenção das educadoras foi realizada
desde o primeiro momento, na escolha dos materiais que ocorreu de acordo com o
interesse das turmas, organização dos espaços de forma que o grupo vivencia-se
novas experiências, além da observação e escuta atenta a todas as ações das
crianças.
REFERÊNCIAS
KISHIMOTO, T. M. Brinquedos
e brincadeiras na educação infantil. Anais do I Seminário Nacional: Currículo
Em Movimento – Perspectivas Atuais Belo Horizonte, novembro de 2010.
BRASIL. Ministério da
Educação. Base Nacional Comum Curricular – BNCC Versão Final. Brasília, DF,
2017.
JUNHO / 2019
Brinquedos
de montar de madeira
Segundo a BNCC, a criança precisa explorar
objetos de diversos materiais: de borracha, madeira, metal, papel e outros,
demonstrando curiosidade. Também se faz necessário construir e participar de
jogos de montar, empilhar e encaixar para desenvolver a motricidade. Sendo
assim, montamos dois postos diferentes com brinquedos de encaixe, uma mesa com
quebra cabeça e a outra com encaixes.
Algumas
crianças precisaram dividir o quebra cabeça e foi muito boa a experiência. A
concentração reinou no espaço utilizado, o ateliê. Todos envolvidos em suas
experiências e descobertas. As mesas e cadeiras ajudaram na organização dos
materiais. A auxiliar Rose, ficou ajudando em uma mesa e a professora Anita em
outra. Depois de 15 minutos as crianças trocaram de mesas para vivenciar todos
os materiais expostos. No primeiro
momento mostramos o quebra cabeça montado e desmontamos na frente deles,
retirando somente um pouco do lugar, mesmo assim, tiveram um pouco de
dificuldade. Com a ajuda da Rose conseguiram montar e desmontar várias vezes,
com expressões de satisfação do objetivo cumprido.
Os
brinquedos de encaixe chamaram menos a atenção, no entanto, no início a
concentração foi unânime. Os olhos de investigadores revirando os objetos para
descobrir o que aquilo poderia fazer é impagável. Intervimos somente quando
percebemos que a dificuldade estava deixando-os irritados e começaram a se dispersar.
Quando mostramos como encaixar os botões nas peças retomaram a brincadeira e só
pararam quando chegou o momento de trocar de atividade.
Essa
paciência de espera, para que eles consigam descobrir por si só é muito
importante. Geralmente o nosso instinto é de sair fazendo tudo por eles, mas, o
aprendizado mais significativo é no momento que eles descobrem algo por conta
própria, sendo assim, questionamos o tempo inteiro.
— Qual
peça será que precisamos encaixar para formar um desenho? (Anita)
— Essa!
— disse o Benjamin, mostrando com as mãos.
— Será
que é desse lado? (Anita)
— Sim,
vou pegar outra! — Disse Arthur Ferreira, desistindo da peça em suas mãos e
indo em busca de outra para uma nova tentativa.
Na
educação infantil o interesse das crianças é essencial para o nosso
planejamento. Portanto, essa atividade terá continuidade, pois, nossa turminha
adorou os brinquedos de encaixe e o desenvolvimento dos pequenos por meio dessa
atividade é surpreendente.
JULHO/2019
Massa
caseira de farinha de trigo
A proposta foi organizada no solário,
dispondo os materiais e ingredientes em cima da mesa, a mesma ficou no meio do
espaço pare facilitar a circulação das crianças, tal como a observação e
manuseio dos ingredientes. Na mesa colocamos a farinha de trigo, óleo, vinagre,
corante, água e alguns utensílios como uma caneca, utilizada para medir os
ingredientes, bacia e um pequeno pote com a água.
Após a organização do espaço,
conversamos com as crianças a respeito da proposta que seria realizada, a
princípio mencionei que teríamos uma surpresa, despertando a curiosidade dos
mesmos e tornando o momento mais atrativo. Logo após apresentei a receita com
imagens para que as crianças pudessem conhecer e se apropriar dos ingredientes.
*Massa Caseira de Farinha de Trigo
- Ingredientes:
* 2 copos de farinha de trigo;
*1/2 copo de água;
* 2 dedos de óleo de cozinha;
* 2 dedos de vinagre;
* Corante alimentício;
Nessa proposta enfatizamos o Campo de
Experiência “Traços, sons, cores e formas tendo por objetivos:
- Expressar-se
livremente por meio da modelagem, criando produções bidimensionais e
tridimensionais;
- Utilizar as diferentes modalidades da linguagem visual e
plástica – modelagem e construção realizando as suas próprias produções, de
acordo com suas escolhas;
- Criar
e experimentar as diversas linguagens e formas expressivas, além das vivências
artísticas e ampliação de repertório cultural e artístico.
Segundo
a BNCC, conviver com diferentes manifestações artísticas, culturais e
científicas, locais e universais, no cotidiano da instituição escolar,
possibilita às crianças, por meio de experiências diversificadas, vivenciar
diversas formas de expressão e linguagens, como as artes visuais (pintura,
modelagem, colagem, fotografia etc.), a música, o teatro, a dança e o audiovisual,
entre outras. Com base nessas experiências, elas se expressam por várias
linguagens, criando suas próprias produções artísticas ou culturais,
exercitando a autoria (coletiva e individual) com sons, traços, gestos, danças,
mímicas, encenações, canções, desenhos, modelagens, manipulação de diversos
materiais e de recursos tecnológicos. Essas experiências contribuem para que,
desde muito pequenas, as crianças desenvolvam senso estético e crítico, o
conhecimento de si mesmas, dos outros e da realidade que as cerca. Portanto, a
Educação Infantil precisa promover a participação das crianças em tempos e
espaços para a produção, manifestação e apreciação artística, de modo a
favorecer o desenvolvimento da sensibilidade, da criatividade e da expressão
pessoal das crianças, permitindo que se apropriem e reconfigurem,
permanentemente, a cultura e potencializem suas singularidades, ao ampliar
repertórios e interpretar suas experiências e vivências artísticas.
Após a organização do espaço
a turminha do Infantil II-A, foi direcionada para o solário, onde ao chegar
organizaram-se ao redor da mesa enquanto mostrávamos os
ingredientes e aos poucos solicitávamos a participação deles para colocar os
mesmos na bacia.
A
cada passo as crianças observavam toda a transformação demonstrando a
curiosidade e empolgação. Logo após mexemos a massa até que a mesma ficasse na
consistência de uma massa de modelar industrializada. Para finalizar a turma
escolheu a cor do corante, que no caso foi vermelho e logo após cada criança
manuseou a massa para que pudessem sentir como havia ficado.
Nos direcionamos para o ateliê onde cada
criança recebeu um pedaço de massinha, com rolinhos de madeira e uma rolha,
material que foi escolhido por eles.
Ao manusear a massinha caseira as
crianças são desafiadas a achatar, enrolar, amolecer, separar e unir as partes,
experimentar tamanhos, proporções, realizando suas próprias produções.
A turminha realiza tentativas, faz
movimentos variados e experimenta novas sensações que tem sido estimuladas
através das propostas para que os mesmos comecem a realizar suas próprias
produções, associando-as a pessoas, animais, objetos, cenários, entre outros.
Durante a proposta a Lívia comentou:
- Que divertida essa atividade.
- A massinha ficou igual à cor da Peppa
Pig.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum
Curricular – BNCC Versão Final. Brasília, DF, 2017.
AGOSTO
COLA, TESOURA E AUTONOMIA PARA PRODUÇÕES CRIATIVAS
Segundo
Barreto (2000), “O processo de aquisição da linguagem escrita da criança não
inicia na alfabetização, a criança, deve ser estimulada a realizar atividades
que envolvam movimentos de mãos e dedos de forma que futuramente ela tenha
melhor habilidade para utilizar lápis, canetas, realizar desenhos entre outros.
O desenvolvimento psicomotor é de suma importância na prevenção de problemas da
aprendizagem e na reeducação do tônus, da postura, da lateralidade e do ritmo”.
Uma boa
conversa antes de utilizar a tesoura é muito importante. Todas as vezes que
usar a tesoura com os pequenos perguntar: Para que serve a tesoura? O que vamos
cortar hoje? Pode cortar o cabelo? Pode cortar o amigo ou o nosso corpo?
Questioná-los para que a tesoura serve, e o que podemos cortar com ela é fundamental.
Sendo
assim, na roda de conversa em sala, explicamos que iriamos aprender a utilizar
a tesoura, que é um instrumento perigoso, pois pode cortar o dedo e não
queremos nos machucar e nem machucar o amigo. Falamos também que a tesoura é
para cortar o papel e só podemos usar se um adulto estiver nos ajudando.
Entregamos
uma folha Collor Set (por ser um pouco mais durinha) para cada criança. No
entanto, alguns com muita facilidade foram logo recortando o papel, outros precisaram
de ajuda para conseguir encaixar os dedos na tesoura, mas logo todos
conseguiram cortar as pontinhas da folha.
Na roda
de conversa também falamos sobre a utilização da cola e como uma gotinha já faz
uma ótima colagem, demostrando como deveria ser feito para grudar o papel.
Na mesa foi distribuído uma cola para cada criança e
papeis cortados em tamanhos pequenos. Alguns tiveram dificuldades em apertar a
cola, outros em deixar o papel secar e até mesmo preferiam grudar e desgrudar várias
vezes, o que é normal para esta faixa etária.
Essa
atividade além de ajudar na coordenação motora fina, trouxe como objetivo o
percurso criador que será iniciado na próxima semana com materiais secos. Acreditamos que essas propostas irão trazer mais confiança para o uso de diversos materiais, além de incentivar a autonomia e criatividade das crianças.
Percurso
Criador
As
mesas foram dispostas lado a lado e as cadeiras retiradas para melhor
circulação das crianças, os materiais foram colocados em uma bancada separados
por(lápis de cor, canetinha, giz de cera, giz de lousa) e as folhas foram
diversas,como:cartolina, Collor set, laminado, papelão, sulfite, dobradura.
As crianças estão vivenciando neste momento algumas explorações apresentadas durante o ano dentre elas as diversas possibilidades em artes , a interação com o outro, a divisão dos espaços e materiais. O manuseio de cola e tesoura vamos deixar para o próximo percurso criador.
Na roda
de conversa explicamos como estaria o cenário no ateliê e como seria a disposição das mesas e dos materiais.Explicamos
que não seria necessário pegar vários lápis de
uma vez, pois eles poderiam voltar e trocar de cor quantas vezes achassem
necessário. As folhas foram expostas de vários tamanhos, gramaturas e texturas
diversas. Cada criança escolheu a sua folha sem mediação do adulto.
As
canetinhas, lápis, giz de cera e giz de lousa foram separados por cores em
potes unitários.
No
primeiro momento as crianças estavam bem ansiosas em buscar o que lhes
interessavam, não colocamos lugar fixo, nem nomeamos onde deveriam ficar. Algumas crianças preferiram levar a folha
consigo todas as vezes que buscava uma nova cor, outras deixavam a folha na
mesa sem nenhuma preocupação.
Na
dúvida do que pegar, as
crianças demoravam um pouco a mais para escolher,
precisei repetir diversas vezes que precisavam voltar para a mesa com uma cor e
continuar o desenho. Mas, logo entenderam a comanda e continuamos a atividade com
muita tranquilidade.
Adoramos
como tudo aconteceu e acredito que mais uma experiência com materiais secos
seja o suficiente para introduzir, tintas, cola e argila. Experiência bem
agradável e rica em significados e descobertas.
SETEMBRO
Brincando
com Capucheta
Nessa proposta enfatizaremos os Campos
de Experiências “O eu, o outro e nós” e corpo, gestos e movimentos, tendo por
objetivo conhecer e resgatar a cultura lúdica nas diversas brincadeiras
tradicionais que foram esquecidas até o momento e que perpassam as gerações.
Segundo a BNCC, a Educação Infantil precisa promover as
experiências nas quais as crianças possam fazer observações, manipular objetos,
investigar e explorar seu entorno, levantar hipóteses e consultar fontes de
informações para buscar respostas as suas curiosidades e indagações. Assim, a
instituição escolar está criando oportunidades para que as crianças ampliem
seus conhecimentos do mundo físico e sócio cultural e possam utilizá-los em seu
cotidiano (BRASIL, 2017, p.41).
Antecedendo a brincadeira fizemos uma
roda de conversa e apreciação, onde foi possível instigar a curiosidade da
turma, ouvindo alguns comentários juntamente com gestos de entusiasmo e
expressão de surpresa. A capucheta foi confeccionada junto com a turma,
utilizando barbante, folhas de sulfite e papel espelho de cores variadas.
Ao finalizar a confecção nos
direcionamos para rampa, para que as crianças pudessem observar, manusear e
explorar a capucheta. Além de demonstrar entusiasmo, criavam estratégias a toda
o momento, subindo, descendo e correndo por diversas vezes com suas capuchetas,
encantando-se quando as visualizavam no alto.
Nessa
proposta fizemos uma integração com o infantil I-A, onde as crianças puderam além
de apreciar, compartilhar e interagir com os outros e ao mesmo tempo em que brincavam,
demonstravam cuidado com os menores envolvendo-os em suas brincadeiras.
Segundo Kishimoto a
criança não nasce sabendo brincar, ela precisa aprender, por meio das
interações com outras crianças e com os adultos. Ela descobre, em contato com
objetos e brinquedos, certas formas de uso desses materiais. Observando outras
crianças e as intervenções da professora, ela aprende novas brincadeiras e suas
regras. Depois que aprende, pode reproduzir ou recriar novas brincadeiras
(KISHIMOTO, 2010, p.1).
A intervenção das educadoras foi realizada
desde o primeiro momento, na escolha e confecção dos materiais que ocorreu de
acordo com a observação e escuta atenta a todas as ações das crianças, além de
propor novas vivências e experiências.
REFERÊNCIAS
KISHIMOTO, T. M. Brinquedos
e brincadeiras na educação infantil. Anais do I Seminário Nacional: Currículo
Em Movimento – Perspectivas Atuais Belo Horizonte, novembro de 2010.
BRASIL. Ministério da
Educação. Base Nacional Comum Curricular – BNCC Versão Final. Brasília, DF,
2017.
OUTUBRO
O
Brincar Livre – Quantas descobertas e sensações na rua
Ao recordarmos a própria infância, lembramo-nos
de brincadeiras muito legais, como: jogos de bolas de gude, queimada, passa anel,
amarelinha, pipas, balança caixão, pé de lata, jogos de piões, jogo de taco e
os diversos piques e entre outras que hoje algumas crianças ainda desconhecem.
Segundo Santos, (2008, p.101) “Quem é que não se lembra, com o coração cheio de
saudades, daquele tempo em que as brincadeiras com os colegas eram o que
tínhamos de mais importante para fazer.”. Nesse sentido, é brincando que a
criança irá construir a sua identidade, ela terá oportunidade de se devolver e
aprender, portanto é fundamental que a criança se sinta amada e acolhida na
escola, em casa, na sociedade em um ambiente, que lhe ofereça segurança
afetiva, para que ela possa evoluir e adquirir autonomia.
Portanto,
tentamos elaborar na semana da criança, atividades diferenciadas para nossos
pequenos e fechamos a semana com as brincadeiras na rua. A tarde foi muito divertida,
as crianças se dividiram entre bolas, bambolê, motoca e bolinhas de sabão.
Os sorrisos e expressões foram
compensadores, pois, foi uma semana bem trabalhosa e com muitas dúvidas se
acalcaríamos os nossos objetivos. Vou
deixar registrado aqui um pouco que consegui observar de algumas crianças, o
espaço era considerável, não sendo possível alcançar a todos.
Entre muitas brincadeiras expostas
na rua, Guilherme e Lucca, duas crianças ativas e que gostam de movimento,
pararam por um tempo conversando por olhares, instigando um ao outro a olhar
para cima. Cada um no seu pensamento, observando provavelmente a árvore que
está ali todos os dias, mas não olhamos para ela.
A imagem revela crianças exercendo o
seu direito investigativo, crianças observadoras e atentas ao mundo ao seu
redor. As possibilidades de construção narrativas são infinitas, pode ser o
tamanho da árvore, o vento, pássaros, o céu, a relação entre o prédio e a
árvore e etc.
Ficaram um bom tempo admirando algo
lá em cima, depois foram dançar com os outros.
Na
dança estavam o Arthur Ferreira, Arthur Maruchi, Lucca, Guilherme, Maria Clara
e Mariana, ficaram dançando, rodopiando e girando conforme a música e como essa
turma gosta de dançar. Na dança desenvolvem a motricidade, equilíbrio além de
garantir os direitos de conviver, brincar, participar, expressar e conhecer-se.
Mariana, Maria Clara e Arthur Maruchi, dançam, mas, não largam os brinquedos
escolhidos, a ansiedade é demostrada quando ficam por pouco tempo na dança,
brincam com os objetos e ao mesmo tempo procuram outras coisas interessantes
para fazer.
Júlia é
uma criança observadora, ficou atenta a tudo que estava acontecendo e com muita
cautela interagiu no seu tempo, preferindo ficar próxima dos adultos.
O
carrinho puxado pela Andreia (apoio) de nossa escola, divertiram a Maria Clara e
a Eloá. As amigas riam enquanto eram conduzidas pela rua.
Mariana,
Manuella, Benjamin, Samuel e Marina se divertiram também com bolinhas de sabão
ou com o próprio sabão, feito com açúcar e detergente para dar mais
consistência as bolhas. O melado grudava nas mãos e braços, fazendo com que
essa experiência nova e estranha chamasse a atenção dos pequenos, eles vinham
mostrar as mãos sem conseguir explicar o que estavam sentindo, mas, explorando
e investigando essas sensações típicas da educação infantil.
As bolas e motocas são sempre muito atrativas para a
criançada, e brincar ao ar livre em um espaço que geralmente é proibido para
crianças, traz para eles uma sensação boa de liberdade e auto confiança. Muitos
adultos tem lembranças afetivas de sair para brincar na rua e com os nossos
filhos não precisa ser diferente, com um pouco de imaginação e cuidado,
garantir essa cultura brasileira que aos poucos está perdendo espaço para produtos
tecnológicos, ambientes reduzidos em casa ou fechados como o shopping é
fundamental.
No entanto, a interação com outras crianças o cuidado com o
eu, o outro e nós, o desenvolvimento da independência e da auto confiança são
geradas por intermédio de propostas como essa.
Sem dúvida é gratificante proporcionar e receber um sorriso
gigante de volta. No entanto, se ainda não fez faça essa experiência e se faz,
não pare, está no caminho certo para ajudar no desenvolvimento de ser humanos
melhores, autônomos e confiantes.
Referências:
SANTOS, J. C. F. dos.
Aprendizagem Significativa: modalidades de aprendizagem e o papel do professor.
Porto Alegre: Mediação, 2008.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum
Curricular – BNCC Versão Final. Brasília, DF, 2017.
NOVEMBRO
MÚSICA
A música existe, se faz vigente na vida das pessoas desde muito cedo. Ainda dentro do ventre da mãe, a criança tem seu primeiro contato com os sons, com os batimentos cardíacos e aqueles advindos do próprio corpo.
Ao nascer, se defronta com outros, ou seja, os sons do mundo que o cerca e aqueles próprios da natureza. Durante seus primeiros anos, por dia e dias ouve a fala dos pais e tudo o que acontece ao seu redor, cresce e percebe que o mundo a sua volta é regido por musicalidade.
A música está nos cânticos de ninar, nas brincadeiras, nos brinquedos sonoros, nas danças, nos costumes e tradições de um povo, nas festas e recordações especiais, tendo um papel primordial na educação das crianças. Além de contribuir para o desenvolvimento psicomotor, sócio afetivo, cognitivo e linguístico, facilitando no processo de aprendizagem.
No entanto, o projeto foi realizado de acordo com as observações e interesses da turma, com o objetivo de trabalhar diferentes linguagens, ampliando as vivências, onde juntos pudemos confeccionar instrumentos com materiais heurísticos, dançar, cantar, interagir com outras turmas nas rodas de música e baladinhas, conhecer ritmos e sons variados por meio dos instrumentos musicais como o teclado, violão, guitarra, bateria, pandeiro, tambor, chocalhos, entre outros.
Pietro
Proposta de Simbólica
Casinha
Mariellen
Bandejas de experimentação
Samuel
Proposta de Intersalas
Consultório médico
Marina
Proposta de Simbólica
Casinha
Lucca
Proposta de Simbólica
Casinha
Manuella e Eloá
Proposta de Intersalas
Consultório médico
Massa de modelar
Manuella
- Fiz um robô
Mariana
Proposta jogos de encaixe
Quebra cabeça de madeira
Massa
caseira de farinha de trigo
A proposta foi organizada no solário,
dispondo os materiais e ingredientes em cima da mesa, a mesma ficou no meio do
espaço pare facilitar a circulação das crianças, tal como a observação e
manuseio dos ingredientes. Na mesa colocamos a farinha de trigo, óleo, vinagre,
corante, água e alguns utensílios como uma caneca, utilizada para medir os
ingredientes, bacia e um pequeno pote com a água.
Após a organização do espaço,
conversamos com as crianças a respeito da proposta que seria realizada, a
princípio mencionei que teríamos uma surpresa, despertando a curiosidade dos
mesmos e tornando o momento mais atrativo. Logo após apresentei a receita com
imagens para que as crianças pudessem conhecer e se apropriar dos ingredientes.
*Massa Caseira de Farinha de Trigo
- Ingredientes:
* 2 copos de farinha de trigo;
*1/2 copo de água;
* 2 dedos de óleo de cozinha;
* 2 dedos de vinagre;
* Corante alimentício;
Nessa proposta enfatizamos o Campo de
Experiência “Traços, sons, cores e formas tendo por objetivos:
- Expressar-se livremente por meio da modelagem, criando produções bidimensionais e tridimensionais;
- Utilizar as diferentes modalidades da linguagem visual e plástica – modelagem e construção realizando as suas próprias produções, de acordo com suas escolhas;
- Criar e experimentar as diversas linguagens e formas expressivas, além das vivências artísticas e ampliação de repertório cultural e artístico.
- Expressar-se livremente por meio da modelagem, criando produções bidimensionais e tridimensionais;
- Utilizar as diferentes modalidades da linguagem visual e plástica – modelagem e construção realizando as suas próprias produções, de acordo com suas escolhas;
- Criar e experimentar as diversas linguagens e formas expressivas, além das vivências artísticas e ampliação de repertório cultural e artístico.
Segundo
a BNCC, conviver com diferentes manifestações artísticas, culturais e
científicas, locais e universais, no cotidiano da instituição escolar,
possibilita às crianças, por meio de experiências diversificadas, vivenciar
diversas formas de expressão e linguagens, como as artes visuais (pintura,
modelagem, colagem, fotografia etc.), a música, o teatro, a dança e o audiovisual,
entre outras. Com base nessas experiências, elas se expressam por várias
linguagens, criando suas próprias produções artísticas ou culturais,
exercitando a autoria (coletiva e individual) com sons, traços, gestos, danças,
mímicas, encenações, canções, desenhos, modelagens, manipulação de diversos
materiais e de recursos tecnológicos. Essas experiências contribuem para que,
desde muito pequenas, as crianças desenvolvam senso estético e crítico, o
conhecimento de si mesmas, dos outros e da realidade que as cerca. Portanto, a
Educação Infantil precisa promover a participação das crianças em tempos e
espaços para a produção, manifestação e apreciação artística, de modo a
favorecer o desenvolvimento da sensibilidade, da criatividade e da expressão
pessoal das crianças, permitindo que se apropriem e reconfigurem,
permanentemente, a cultura e potencializem suas singularidades, ao ampliar
repertórios e interpretar suas experiências e vivências artísticas.
Após a organização do espaço
a turminha do Infantil II-A, foi direcionada para o solário, onde ao chegar
organizaram-se ao redor da mesa enquanto mostrávamos os
ingredientes e aos poucos solicitávamos a participação deles para colocar os
mesmos na bacia.
A
cada passo as crianças observavam toda a transformação demonstrando a
curiosidade e empolgação. Logo após mexemos a massa até que a mesma ficasse na
consistência de uma massa de modelar industrializada. Para finalizar a turma
escolheu a cor do corante, que no caso foi vermelho e logo após cada criança
manuseou a massa para que pudessem sentir como havia ficado.
Nos direcionamos para o ateliê onde cada
criança recebeu um pedaço de massinha, com rolinhos de madeira e uma rolha,
material que foi escolhido por eles.
Ao manusear a massinha caseira as
crianças são desafiadas a achatar, enrolar, amolecer, separar e unir as partes,
experimentar tamanhos, proporções, realizando suas próprias produções.
A turminha realiza tentativas, faz
movimentos variados e experimenta novas sensações que tem sido estimuladas
através das propostas para que os mesmos comecem a realizar suas próprias
produções, associando-as a pessoas, animais, objetos, cenários, entre outros.
Durante a proposta a Lívia comentou:
- Que divertida essa atividade.
- A massinha ficou igual à cor da Peppa
Pig.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum
Curricular – BNCC Versão Final. Brasília, DF, 2017.
AGOSTO
COLA, TESOURA E AUTONOMIA PARA PRODUÇÕES CRIATIVAS
Segundo
Barreto (2000), “O processo de aquisição da linguagem escrita da criança não
inicia na alfabetização, a criança, deve ser estimulada a realizar atividades
que envolvam movimentos de mãos e dedos de forma que futuramente ela tenha
melhor habilidade para utilizar lápis, canetas, realizar desenhos entre outros.
O desenvolvimento psicomotor é de suma importância na prevenção de problemas da
aprendizagem e na reeducação do tônus, da postura, da lateralidade e do ritmo”.
Uma boa
conversa antes de utilizar a tesoura é muito importante. Todas as vezes que
usar a tesoura com os pequenos perguntar: Para que serve a tesoura? O que vamos
cortar hoje? Pode cortar o cabelo? Pode cortar o amigo ou o nosso corpo?
Questioná-los para que a tesoura serve, e o que podemos cortar com ela é fundamental.
Sendo
assim, na roda de conversa em sala, explicamos que iriamos aprender a utilizar
a tesoura, que é um instrumento perigoso, pois pode cortar o dedo e não
queremos nos machucar e nem machucar o amigo. Falamos também que a tesoura é
para cortar o papel e só podemos usar se um adulto estiver nos ajudando.
Entregamos
uma folha Collor Set (por ser um pouco mais durinha) para cada criança. No
entanto, alguns com muita facilidade foram logo recortando o papel, outros precisaram
de ajuda para conseguir encaixar os dedos na tesoura, mas logo todos
conseguiram cortar as pontinhas da folha.
Na roda
de conversa também falamos sobre a utilização da cola e como uma gotinha já faz
uma ótima colagem, demostrando como deveria ser feito para grudar o papel.
Na mesa foi distribuído uma cola para cada criança e
papeis cortados em tamanhos pequenos. Alguns tiveram dificuldades em apertar a
cola, outros em deixar o papel secar e até mesmo preferiam grudar e desgrudar várias
vezes, o que é normal para esta faixa etária.
Essa
atividade além de ajudar na coordenação motora fina, trouxe como objetivo o
percurso criador que será iniciado na próxima semana com materiais secos. Acreditamos que essas propostas irão trazer mais confiança para o uso de diversos materiais, além de incentivar a autonomia e criatividade das crianças.
Percurso
Criador
As
mesas foram dispostas lado a lado e as cadeiras retiradas para melhor
circulação das crianças, os materiais foram colocados em uma bancada separados
por(lápis de cor, canetinha, giz de cera, giz de lousa) e as folhas foram
diversas,como:cartolina, Collor set, laminado, papelão, sulfite, dobradura.
As crianças estão vivenciando neste momento algumas explorações apresentadas durante o ano dentre elas as diversas possibilidades em artes , a interação com o outro, a divisão dos espaços e materiais. O manuseio de cola e tesoura vamos deixar para o próximo percurso criador.
Na roda
de conversa explicamos como estaria o cenário no ateliê e como seria a disposição das mesas e dos materiais.Explicamos
que não seria necessário pegar vários lápis de
uma vez, pois eles poderiam voltar e trocar de cor quantas vezes achassem
necessário. As folhas foram expostas de vários tamanhos, gramaturas e texturas
diversas. Cada criança escolheu a sua folha sem mediação do adulto.
As
canetinhas, lápis, giz de cera e giz de lousa foram separados por cores em
potes unitários.
No
primeiro momento as crianças estavam bem ansiosas em buscar o que lhes
interessavam, não colocamos lugar fixo, nem nomeamos onde deveriam ficar. Algumas crianças preferiram levar a folha
consigo todas as vezes que buscava uma nova cor, outras deixavam a folha na
mesa sem nenhuma preocupação.
Na
dúvida do que pegar, as
crianças demoravam um pouco a mais para escolher,
precisei repetir diversas vezes que precisavam voltar para a mesa com uma cor e
continuar o desenho. Mas, logo entenderam a comanda e continuamos a atividade com
muita tranquilidade.
Adoramos
como tudo aconteceu e acredito que mais uma experiência com materiais secos
seja o suficiente para introduzir, tintas, cola e argila. Experiência bem
agradável e rica em significados e descobertas.
SETEMBRO
Brincando
com Capucheta
Nessa proposta enfatizaremos os Campos
de Experiências “O eu, o outro e nós” e corpo, gestos e movimentos, tendo por
objetivo conhecer e resgatar a cultura lúdica nas diversas brincadeiras
tradicionais que foram esquecidas até o momento e que perpassam as gerações.
Segundo a BNCC, a Educação Infantil precisa promover as
experiências nas quais as crianças possam fazer observações, manipular objetos,
investigar e explorar seu entorno, levantar hipóteses e consultar fontes de
informações para buscar respostas as suas curiosidades e indagações. Assim, a
instituição escolar está criando oportunidades para que as crianças ampliem
seus conhecimentos do mundo físico e sócio cultural e possam utilizá-los em seu
cotidiano (BRASIL, 2017, p.41).
Antecedendo a brincadeira fizemos uma
roda de conversa e apreciação, onde foi possível instigar a curiosidade da
turma, ouvindo alguns comentários juntamente com gestos de entusiasmo e
expressão de surpresa. A capucheta foi confeccionada junto com a turma,
utilizando barbante, folhas de sulfite e papel espelho de cores variadas.
Ao finalizar a confecção nos
direcionamos para rampa, para que as crianças pudessem observar, manusear e
explorar a capucheta. Além de demonstrar entusiasmo, criavam estratégias a toda
o momento, subindo, descendo e correndo por diversas vezes com suas capuchetas,
encantando-se quando as visualizavam no alto.
Nessa
proposta fizemos uma integração com o infantil I-A, onde as crianças puderam além
de apreciar, compartilhar e interagir com os outros e ao mesmo tempo em que brincavam,
demonstravam cuidado com os menores envolvendo-os em suas brincadeiras.
Segundo Kishimoto a
criança não nasce sabendo brincar, ela precisa aprender, por meio das
interações com outras crianças e com os adultos. Ela descobre, em contato com
objetos e brinquedos, certas formas de uso desses materiais. Observando outras
crianças e as intervenções da professora, ela aprende novas brincadeiras e suas
regras. Depois que aprende, pode reproduzir ou recriar novas brincadeiras
(KISHIMOTO, 2010, p.1).
A intervenção das educadoras foi realizada
desde o primeiro momento, na escolha e confecção dos materiais que ocorreu de
acordo com a observação e escuta atenta a todas as ações das crianças, além de
propor novas vivências e experiências.
REFERÊNCIAS
KISHIMOTO, T. M. Brinquedos
e brincadeiras na educação infantil. Anais do I Seminário Nacional: Currículo
Em Movimento – Perspectivas Atuais Belo Horizonte, novembro de 2010.
BRASIL. Ministério da
Educação. Base Nacional Comum Curricular – BNCC Versão Final. Brasília, DF,
2017.
OUTUBRO
O
Brincar Livre – Quantas descobertas e sensações na rua
Ao recordarmos a própria infância, lembramo-nos
de brincadeiras muito legais, como: jogos de bolas de gude, queimada, passa anel,
amarelinha, pipas, balança caixão, pé de lata, jogos de piões, jogo de taco e
os diversos piques e entre outras que hoje algumas crianças ainda desconhecem.
Segundo Santos, (2008, p.101) “Quem é que não se lembra, com o coração cheio de
saudades, daquele tempo em que as brincadeiras com os colegas eram o que
tínhamos de mais importante para fazer.”. Nesse sentido, é brincando que a
criança irá construir a sua identidade, ela terá oportunidade de se devolver e
aprender, portanto é fundamental que a criança se sinta amada e acolhida na
escola, em casa, na sociedade em um ambiente, que lhe ofereça segurança
afetiva, para que ela possa evoluir e adquirir autonomia.
Portanto,
tentamos elaborar na semana da criança, atividades diferenciadas para nossos
pequenos e fechamos a semana com as brincadeiras na rua. A tarde foi muito divertida,
as crianças se dividiram entre bolas, bambolê, motoca e bolinhas de sabão.
Os sorrisos e expressões foram
compensadores, pois, foi uma semana bem trabalhosa e com muitas dúvidas se
acalcaríamos os nossos objetivos. Vou
deixar registrado aqui um pouco que consegui observar de algumas crianças, o
espaço era considerável, não sendo possível alcançar a todos.
Entre muitas brincadeiras expostas
na rua, Guilherme e Lucca, duas crianças ativas e que gostam de movimento,
pararam por um tempo conversando por olhares, instigando um ao outro a olhar
para cima. Cada um no seu pensamento, observando provavelmente a árvore que
está ali todos os dias, mas não olhamos para ela.
A imagem revela crianças exercendo o
seu direito investigativo, crianças observadoras e atentas ao mundo ao seu
redor. As possibilidades de construção narrativas são infinitas, pode ser o
tamanho da árvore, o vento, pássaros, o céu, a relação entre o prédio e a
árvore e etc.
Ficaram um bom tempo admirando algo
lá em cima, depois foram dançar com os outros.
Na
dança estavam o Arthur Ferreira, Arthur Maruchi, Lucca, Guilherme, Maria Clara
e Mariana, ficaram dançando, rodopiando e girando conforme a música e como essa
turma gosta de dançar. Na dança desenvolvem a motricidade, equilíbrio além de
garantir os direitos de conviver, brincar, participar, expressar e conhecer-se.
Mariana, Maria Clara e Arthur Maruchi, dançam, mas, não largam os brinquedos
escolhidos, a ansiedade é demostrada quando ficam por pouco tempo na dança,
brincam com os objetos e ao mesmo tempo procuram outras coisas interessantes
para fazer.
Júlia é
uma criança observadora, ficou atenta a tudo que estava acontecendo e com muita
cautela interagiu no seu tempo, preferindo ficar próxima dos adultos.
O
carrinho puxado pela Andreia (apoio) de nossa escola, divertiram a Maria Clara e
a Eloá. As amigas riam enquanto eram conduzidas pela rua.
Mariana,
Manuella, Benjamin, Samuel e Marina se divertiram também com bolinhas de sabão
ou com o próprio sabão, feito com açúcar e detergente para dar mais
consistência as bolhas. O melado grudava nas mãos e braços, fazendo com que
essa experiência nova e estranha chamasse a atenção dos pequenos, eles vinham
mostrar as mãos sem conseguir explicar o que estavam sentindo, mas, explorando
e investigando essas sensações típicas da educação infantil.
As bolas e motocas são sempre muito atrativas para a
criançada, e brincar ao ar livre em um espaço que geralmente é proibido para
crianças, traz para eles uma sensação boa de liberdade e auto confiança. Muitos
adultos tem lembranças afetivas de sair para brincar na rua e com os nossos
filhos não precisa ser diferente, com um pouco de imaginação e cuidado,
garantir essa cultura brasileira que aos poucos está perdendo espaço para produtos
tecnológicos, ambientes reduzidos em casa ou fechados como o shopping é
fundamental.
No entanto, a interação com outras crianças o cuidado com o
eu, o outro e nós, o desenvolvimento da independência e da auto confiança são
geradas por intermédio de propostas como essa.
Sem dúvida é gratificante proporcionar e receber um sorriso
gigante de volta. No entanto, se ainda não fez faça essa experiência e se faz,
não pare, está no caminho certo para ajudar no desenvolvimento de ser humanos
melhores, autônomos e confiantes.
Referências:
SANTOS, J. C. F. dos.
Aprendizagem Significativa: modalidades de aprendizagem e o papel do professor.
Porto Alegre: Mediação, 2008.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum
Curricular – BNCC Versão Final. Brasília, DF, 2017.
No entanto, o projeto foi realizado de acordo com as observações e interesses da turma, com o objetivo de trabalhar diferentes linguagens, ampliando as vivências, onde juntos pudemos confeccionar instrumentos com materiais heurísticos, dançar, cantar, interagir com outras turmas nas rodas de música e baladinhas, conhecer ritmos e sons variados por meio dos instrumentos musicais como o teclado, violão, guitarra, bateria, pandeiro, tambor, chocalhos, entre outros.
NOVEMBRO
MÚSICA
A música existe, se faz vigente na vida das pessoas desde muito cedo. Ainda dentro do ventre da mãe, a criança tem seu primeiro contato com os sons, com os batimentos cardíacos e aqueles advindos do próprio corpo.
Ao nascer, se defronta com outros, ou seja, os sons do mundo que o cerca e aqueles próprios da natureza. Durante seus primeiros anos, por dia e dias ouve a fala dos pais e tudo o que acontece ao seu redor, cresce e percebe que o mundo a sua volta é regido por musicalidade.
A música está nos cânticos de ninar, nas brincadeiras, nos brinquedos sonoros, nas danças, nos costumes e tradições de um povo, nas festas e recordações especiais, tendo um papel primordial na educação das crianças. Além de contribuir para o desenvolvimento psicomotor, sócio afetivo, cognitivo e linguístico, facilitando no processo de aprendizagem.
Pietro
Proposta de Simbólica
Casinha
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Mariellen
Bandejas de experimentação
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Samuel
Proposta de Intersalas
Consultório médico
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Marina
Proposta de Simbólica
Casinha
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Lucca
Proposta de Simbólica
Casinha
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Manuella e Eloá
Proposta de Intersalas
Consultório médico
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Massa de modelar
Manuella
- Fiz um robô
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Mariana
Proposta jogos de encaixe
Quebra cabeça de madeira
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Demorei a acessar o blog devido a correria do dia a dia, agora q entrei amei, muito bacana acompanhar as atividades das crianças e ver o desenvolvimento deles. Parabéns.
ResponderExcluirFantástico as brincadeiras de rua!!!
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